terça-feira, julho 05, 2011

 

Oscar Quiroga - 1324


O SÓLIDO QUE SE DESINTEGRA


Nossa civilização parece ter sólidos fundamentos, mas como tudo que é sólido padece do absurdo destino de se desintegrar no ar, contrariando toda a lógica, tudo indica que estejamos em plena experiência de mutação e que a qualquer momento e numa velocidade estonteante, tenhamos de contemplar a desvalorização súbita de tudo que hoje serve para medirmos a magnitude dos acontecimentos. Um fato de tamanha proporção e impacto hoje em dia só poderia se referir ao dinheiro, o Deus moderno de nossa humanidade. Esse sólido valor desmancha no ar, o Deus de brilho sedutor se transforma por si mesmo em seu oposto, o monstro de proporções bíblicas que produz miséria. Como é que as coisas chegaram a esse ponto? Porque nossa humanidade corrompeu os princípios sem os quais nem sequer merece ser chamada de humanidade.

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