sábado, abril 20, 2024

 

Quiroga - 5790

 O MUNDO QUE PRETENDEMOS

O ser humano não é um empreendimento que tenha de dar lucro e ser bem-sucedido socialmente, esse é o modelo capitalista do ser humano, consagrado em todas as instâncias da civilização, mesmo nos ambientes que pretendem não ser capitalistas.

O ser humano é essa força invisível que, independentemente das circunstâncias ou dos enganos assumidos como verdades normalizadas, se recusa a ser limitado por quaisquer caixinhas ideológicas, mas que também, e apesar de seu potencial disruptivo, esse ser humano é tentado pela preguiça e pela indolência, se deixando seduzir por qualquer coisa que se apresente como entretenimento, para tirar de si a responsabilidade de ser maior do que as caixinhas.

Para definir o ser humano temos de aceitar todas suas contradições e paradoxos, que oscilam entre a beleza sublime e a abominável brutalidade, e o mundo que pretendemos construir para o futuro há de ser razoável na aceitação dos paradoxos, mas também implacável na orientação de consolidar o bem-estar do maior número possível de pessoas, colocando um ponto final a essa insanidade que é pretender que o ser humano seja valioso somente na medida em que seja lucrativo. 

O medo sempre estará por aí, à espreita pelo momento em que você se sinta vulnerável novamente, para exagerar a situação até a tornar desproporcional aos fatos em andamento. Segure o medo com rédeas muito curtas.



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