quarta-feira, agosto 17, 2005

 

DU: O Urânio Empobrecido - 7

A quantidade de radiação injetada na atmosfera terá, cada vez mais, um profundo impacto global. Já estamos vendo um aumento na mortalidade infantil em escala global [veja a seção 2, desta série, para o caso brasileiro]. O feto é o mais susceptível ao dano radiológico porque todas as suas células estão se dividindo rapidamente, de tal forma que se você começa a introduzir substâncias químicas e radiação, isso irá certamente danificar o processo natural de desenvolvimento fetal. A razão que convenceu o senado norte-americano a assinar o tratado de proibição parcial dos testes atômicos, em 1963, foi o aumento na mortalidade infantil. Essa mortalidade esteve em queda de 2 a 3% por um longo período, a cada ano, devido ao melhor cuidado prenatal e de educação das mães. A mortalidade infantil começou a subir após as bombas atômicas cairem sobre Hiroshima e Nagasaki, especialmente nos anos 1950 quando os testes com as grandes bombas começaram. Em 1963, estava óbvio que os testes de bombas em escala global estava tendo um impacto real sobre os ainda não-nascidos. Eles, então, assinaram o tratado de proibição parcial dos testes atômicos. A Rússia e os EUA pararam os testes atmosféricos e a taxa de mortalidade infantil imediatamente começou a cair. No momento, esta taxa voltou a crescer. Isto é uma poluição radioativa global, e quanto tempo irá passar para eliminar todas as formas de vida no planeta é algo que ninguém sabe, mas o DU é uma arma biológica muito, muito efetiva.

Existem dois objetivos para o uso militar de armas. Um é para destruir os soldados inimigos, e o outro, que é igualmente importante, é para destruir a população civil inimiga. Isto é feito causando enfermidades e doenças, pois as enfermidades de desenvolvimento lento impactam severamente a produtividade e a economia de um país. Foi Chernobyl e outros desastres nucleares que na realidade destruiram a União Soviética, porque a finada União Soviética tornou-se muito, muito doente devido a toda a radiação que foi liberada no ambiente.

Existe um levantamento sobre a saúde mundial feito pela Organização Mundial de Saúde [órgão da ONU] que foi publicado no Journal of American Medical Association que é bastante significativo: foi visto a porcentagem da população, em cada país, que tinha alguma forma de doença mental. Por exemplo, no Japão é 8,8%, na Nigéria é bem baixo, 4,7%. Praticamente não existe radiação na Nigéria. Na Ucrânia, onde ocorreu o acidente de Chernobyl, ela é 20,4%. Na Espanha ela está em 9,2%. Na Itália está em 8,2%; este valor baixo é porque lá não existem usinas nucleares. A França, onde 75% da energia provém de usinas nucleares, as doenças mentais atingem 18,4% da população. O México está com 12,2% e os EUA está com 26,3% - a taxa mais alta de doenças mentais do mundo! George Bush e seus filhos foram todos expostos, no útero, à precipitação radioativa dos testes nucleares nos EUA. Ele teve uma irmã que morreu de leucemia quando ela tinha 3 anos de idade.

Rui.

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