quarta-feira, dezembro 28, 2005
A Síndrome da Pressa
Geralmente você:
1. Incita os outros a se apressarem?; 2. Interrompe ou conclui frases
de terceiro? 3. Em reuniões fica inquieto quando alguém se desvia do
assunto?; 4. Quando está em uma loja ou restaurante fica impaciente ou
se queixa quando não é atendido rapidamente?; 5. Considera o "não
fazer nada" desperdício de tempo? ou 6. Acha menos capaz quem fala,
age ou decide devagar?
Se você respondeu afirmativamente a, pelo menos, quatro das seis
questões acima, cuidado: você está na zona de perigo e é candidato natural
à doença da pressa.
Essa doença foi primeiro descrita nos Estados Unidos e é desencadeada
pela crença de que se pode concretizar tudo se agirmos de maneira
acelerada. "Essa concepção leva, pelo menos, a outras doenças
crônicas geradas pelo estresse, como doenças cardíacas, arritmias,
úlceras de estômago ou tensão nervosa", comentam os pesquisadores
Lothar J. Seiwert e Ann McGee Cooper.
Eles explicam que o problema não é a velocidade em si, mas quando ela
passa a ser o único critério. "Na doença da pressa, você se apressa
sem perceber que, possivelmente, esteja errando o alvo", salientam.
Ao desligar rapidamente um telefonema, exemplificam, pode-se perder
um cliente por não perceber hesitações em sua voz. No entanto,
afirmam que o mais importante é notar que se pode passar pela vida
numa corrida para, no fim das contas, constatar que nunca se dedicou
direito à família, aos amigos e ao lazer. A pressa ao dirigir carros nas estradas é muito
conhecida por todos.
Para os pesquisadores, a pressa está relacionada aos avanços
tecnológicos, como fax, e-mail, internet, comunicação por satélite,
celular, meios de comunicação que fazem com que a informação chegue
mais depressa. Para se ter uma idéia, a cada vinte meses dobra-se o
número de informações; assim, recebe-se, no mínimo, o dobro de
correspondências e é necessário "arranjar" mais tempo para despachá-
las e assimilá-las.
"Quem não tem endereço eletrônico está "fora da moda" e a resposta por
e-mail é aguardada em, no máximo, 24 horas; a correspondência normal
é chamada de "correio de lesma" e a mania de telefone celular torna
todos acessíveis o tempo todo. Muitos têm a percepção de estarem
sendo ultrapassados; não é que os grandes dominem os pequenos, mas os
rápidos ultrapassam os lentos", avaliam, considerando que é por isso
que muitos se sentem oprimidos pelo tempo.
Lothar J. Seiwert e Ann McGee Cooper, autores do bestseller na
Alemanha "Se tiver pressa, ande devagar", afirmam que há um movimento
crescente em todo o mundo que propõe o equilíbrio temporal entre
pressa e o devagar. Trata-se do paradigma do devagar, que mescla
compromissos profissionais e satisfação pessoal, objetivos pessoais
de vida e realidade vivenciada.
REMÉDIO
Para curar-se da doença da pressa, explicam os autores, antes é
preciso perceber que se está doente e "decidir compensar o ritmo
alucinante de vida com uma mistura equilibrada e enriquecedora". Com
isso, garantem que haverá melhora na saúde, na capacidade de
desempenho a longo prazo e qualidade de vida. "Além disso, você
acrescenta melhores qualidades de liderança a seu estilo de trabalho
e torna-se modelo para outras pessoas que o amam, admiram e confiam
em você", acrescentam.
O livro acaba de ser traduzido para o português pela Editora
Fundamento e poderá ser encontrado nas principais livrarias.
ÍTENS QUE LEVAM À CURA
1. Incluir, no planejamento diário e semanal, períodos vagos em que se
possa viver sem relógio.
2. Livrar-se do relógio de pulso à noite e nos fins de semana.
3. Planejar períodos para não se fazer nada.
4. Sonhar de olhos abertos, rabiscar descompromissado, tirar uma
soneca ou fazer uma caminhada sem destino certo.
5. Ao avaliar como foi seu dia, semana ou mês, dar a si uma
recompensa por criar um equilíbrio entre "fazer" e "ser", entre
cumprir sua agenda e cheirar uma rosa, entre ser eficiente e ser
consciente.
6. Incluir conscientemente em sua vida períodos de tranqüilidade e de
silêncio, ouvindo seu corpo, seus sentimentos, sua intuição: a
inspiração do gênio corresponde a alimentar-se do silêncio.
Rádio Câmara discute Síndrome da Pressa
A chamada Síndrome da Pressa foi o assunto discutido no programa
Palavra de Especialista, da Rádio Câmara, dia 21 de setembro de 2005 . O
programa, dirigido pela jornalista Daniele Lessa, recebeu a médica
Marilda Novaes Lipp, fundadora do Laboratório de Estudos do Stress da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, onde a síndrome
foi objeto de estudo. O programa também teve a participação do
diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Luiz Alberto Hetem,
que falou sobre pressa e ansiedade.
Segundo os entrevistados, as pessoas com síndrome da pressa podem
desenvolver problemas de saúde graves, como doenças cardíacas e
gastrite. A pressa é estimulada principalmente no ambiente de
trabalho, onde muitos buscam sucesso e reconhecimento de forma
desenfreada.
Avaliação feita entre executivos e diretores pelo Laboratório de
Estudos do Stress mostrou que 90% possuem a doença da pressa. "As
pessoas se orgulham de fazer muitas atividades, mas com o passar do
tempo começam a adoecer e lamentar o tempo que viveram desta
maneira", explicou Marilda Lipp. Segundo a pesquisa, o comportamento
também acontece com motoristas e faxineiros.
"A ansiedade normal auxilia e até melhora o desempenho, mas a
ansiedade patológica causa muitos danos, pois paralisa a pessoa em
vez de torná-la mais eficiente", lamentou Luiz Hetem no programa.
A inclusão de um período de meditação no seu dia-a-dia também poderia ser um
antídoto contra a síndrome da pressa.
Palavra de Especialista é um programa da Rádio Câmara, veiculado toda
quarta-feira, às 08h30 da manhã e pode ser sintonizado em FM 96.9
MHz. Na internet o endereço é www.camara.gov.br/radio onde, além da
audição em tempo real, é possível acessar e baixar programas
jornalísticos e culturais.
(Fonte: www.vidaintegral.com.br).
1. Incita os outros a se apressarem?; 2. Interrompe ou conclui frases
de terceiro? 3. Em reuniões fica inquieto quando alguém se desvia do
assunto?; 4. Quando está em uma loja ou restaurante fica impaciente ou
se queixa quando não é atendido rapidamente?; 5. Considera o "não
fazer nada" desperdício de tempo? ou 6. Acha menos capaz quem fala,
age ou decide devagar?
Se você respondeu afirmativamente a, pelo menos, quatro das seis
questões acima, cuidado: você está na zona de perigo e é candidato natural
à doença da pressa.
Essa doença foi primeiro descrita nos Estados Unidos e é desencadeada
pela crença de que se pode concretizar tudo se agirmos de maneira
acelerada. "Essa concepção leva, pelo menos, a outras doenças
crônicas geradas pelo estresse, como doenças cardíacas, arritmias,
úlceras de estômago ou tensão nervosa", comentam os pesquisadores
Lothar J. Seiwert e Ann McGee Cooper.
Eles explicam que o problema não é a velocidade em si, mas quando ela
passa a ser o único critério. "Na doença da pressa, você se apressa
sem perceber que, possivelmente, esteja errando o alvo", salientam.
Ao desligar rapidamente um telefonema, exemplificam, pode-se perder
um cliente por não perceber hesitações em sua voz. No entanto,
afirmam que o mais importante é notar que se pode passar pela vida
numa corrida para, no fim das contas, constatar que nunca se dedicou
direito à família, aos amigos e ao lazer. A pressa ao dirigir carros nas estradas é muito
conhecida por todos.
Para os pesquisadores, a pressa está relacionada aos avanços
tecnológicos, como fax, e-mail, internet, comunicação por satélite,
celular, meios de comunicação que fazem com que a informação chegue
mais depressa. Para se ter uma idéia, a cada vinte meses dobra-se o
número de informações; assim, recebe-se, no mínimo, o dobro de
correspondências e é necessário "arranjar" mais tempo para despachá-
las e assimilá-las.
"Quem não tem endereço eletrônico está "fora da moda" e a resposta por
e-mail é aguardada em, no máximo, 24 horas; a correspondência normal
é chamada de "correio de lesma" e a mania de telefone celular torna
todos acessíveis o tempo todo. Muitos têm a percepção de estarem
sendo ultrapassados; não é que os grandes dominem os pequenos, mas os
rápidos ultrapassam os lentos", avaliam, considerando que é por isso
que muitos se sentem oprimidos pelo tempo.
Lothar J. Seiwert e Ann McGee Cooper, autores do bestseller na
Alemanha "Se tiver pressa, ande devagar", afirmam que há um movimento
crescente em todo o mundo que propõe o equilíbrio temporal entre
pressa e o devagar. Trata-se do paradigma do devagar, que mescla
compromissos profissionais e satisfação pessoal, objetivos pessoais
de vida e realidade vivenciada.
REMÉDIO
Para curar-se da doença da pressa, explicam os autores, antes é
preciso perceber que se está doente e "decidir compensar o ritmo
alucinante de vida com uma mistura equilibrada e enriquecedora". Com
isso, garantem que haverá melhora na saúde, na capacidade de
desempenho a longo prazo e qualidade de vida. "Além disso, você
acrescenta melhores qualidades de liderança a seu estilo de trabalho
e torna-se modelo para outras pessoas que o amam, admiram e confiam
em você", acrescentam.
O livro acaba de ser traduzido para o português pela Editora
Fundamento e poderá ser encontrado nas principais livrarias.
ÍTENS QUE LEVAM À CURA
1. Incluir, no planejamento diário e semanal, períodos vagos em que se
possa viver sem relógio.
2. Livrar-se do relógio de pulso à noite e nos fins de semana.
3. Planejar períodos para não se fazer nada.
4. Sonhar de olhos abertos, rabiscar descompromissado, tirar uma
soneca ou fazer uma caminhada sem destino certo.
5. Ao avaliar como foi seu dia, semana ou mês, dar a si uma
recompensa por criar um equilíbrio entre "fazer" e "ser", entre
cumprir sua agenda e cheirar uma rosa, entre ser eficiente e ser
consciente.
6. Incluir conscientemente em sua vida períodos de tranqüilidade e de
silêncio, ouvindo seu corpo, seus sentimentos, sua intuição: a
inspiração do gênio corresponde a alimentar-se do silêncio.
Rádio Câmara discute Síndrome da Pressa
A chamada Síndrome da Pressa foi o assunto discutido no programa
Palavra de Especialista, da Rádio Câmara, dia 21 de setembro de 2005 . O
programa, dirigido pela jornalista Daniele Lessa, recebeu a médica
Marilda Novaes Lipp, fundadora do Laboratório de Estudos do Stress da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, onde a síndrome
foi objeto de estudo. O programa também teve a participação do
diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Luiz Alberto Hetem,
que falou sobre pressa e ansiedade.
Segundo os entrevistados, as pessoas com síndrome da pressa podem
desenvolver problemas de saúde graves, como doenças cardíacas e
gastrite. A pressa é estimulada principalmente no ambiente de
trabalho, onde muitos buscam sucesso e reconhecimento de forma
desenfreada.
Avaliação feita entre executivos e diretores pelo Laboratório de
Estudos do Stress mostrou que 90% possuem a doença da pressa. "As
pessoas se orgulham de fazer muitas atividades, mas com o passar do
tempo começam a adoecer e lamentar o tempo que viveram desta
maneira", explicou Marilda Lipp. Segundo a pesquisa, o comportamento
também acontece com motoristas e faxineiros.
"A ansiedade normal auxilia e até melhora o desempenho, mas a
ansiedade patológica causa muitos danos, pois paralisa a pessoa em
vez de torná-la mais eficiente", lamentou Luiz Hetem no programa.
A inclusão de um período de meditação no seu dia-a-dia também poderia ser um
antídoto contra a síndrome da pressa.
Palavra de Especialista é um programa da Rádio Câmara, veiculado toda
quarta-feira, às 08h30 da manhã e pode ser sintonizado em FM 96.9
MHz. Na internet o endereço é www.camara.gov.br/radio onde, além da
audição em tempo real, é possível acessar e baixar programas
jornalísticos e culturais.
(Fonte: www.vidaintegral.com.br).