Saúde Perfeita

"Coma mais para ficar forte!", diziam nossas mães quando éramos crianças, não é mesmo? Porém, qual a nossa experiência a esse respeito? Após uma farta e rica refeição você está cheio de energia e capaz de participar de uma maratona de 42 quilômetros? Certamente que não, não é mesmo? Portanto, como funciona nosso sistema digestivo?

Este sistema transforma as substâncias sólidas e líquidas ingeridas, que chamamos geralmente de comida, alimentação ou nutriente. Este processo faz a pessoa se sentir contente, principalmente após encher o estômago. Também, a fome e a sede desaparecem após comer um pouco (é um comportamento típico de um viciado).

A explicação e entendimento "científico" universal, de como as substâncias consumidas constroem e energizam o corpo é a seguinte. A comida consumida é dissociada (pelos fluidos digestivos e pelas enzimas) em substâncias mais simples (em compostos químicos, como glucose, aminoácidos, etc). Em seguida, essas coisas são usadas pelo corpo para sintetizar (construir) aquilo que ele precisa e para extrair a energia vital (para ser usada para se mover, pensar, aquecer o corpo, etc). A conclusão resultante parece ser simples, de que as substâncias consumidas dão ao corpo a energia e os materiais de construção. Portanto, considerando a energia, o corpo pode ser comparado com um carro ou uma locomotiva nos quais o combustível é queimado para obter a energia que move todo o mecanismo [1].

Observando as pessoas à nossa volta, notamos que não existe uma conexão absoluta entre a quantidade de comida ingerida, e sua composição, com a aparência do corpo e quanta energia uma pessoa possui. Por que isto acontece? Se uma quantidade maior de comida ingerida desse mais energia vital, então as pessoas que comessem mais deveriam se sentir mais energizadas. Existe inclusive o conceito de "valor energético" da comida (ferramenta eficiente para manipular as pessoas). No entanto, porque após uma refeição saciante e farta a pessoa, ao invés de ficar radiante de energia, fica sonolenta, preguiçosa e enfraquecida? "Coma mais para ficar forte" é uma trapaça feita com as crianças, que mais tarde em suas vidas irá resultar em muitos sofrimentos, como doenças, envelhecimento e morte prematura do corpo.

Um dos mais sérios danos que podemos fazer com uma criança é força-la a comer. Ficar vigiando para se certificar que a criança termine de comer tudo que está no prato, prejudica o corpo dessa pessoa que você ama. Isto causa, entre outras coisas, mudanças nas estruturas psicológica e física da criança, que são difíceis de se reverter e que encurtam a vida desse ser. Em resumo, forçar a criança comer mais do que ele deseja, danifica o corpo da criança.

Deixe seu filho decidir por si mesmo. Não se preocupe, seu filho não irá morrer de fome e nem comer em excesso, a não ser que estes programas já tenham sido induzidos nele. Você apenas deve protegê-lo contra venenos tais como doces, frituras, chips e toda comida frita, defumada e grelhada, e também contra leite animal, inclusive todos os produtos derivados dele.

Para responder às perguntas levantadas acima, primeiramente precisamos saber que o alimento comido não dá qualquer energia para o corpo. Todo o alimento comido causa uma reação oposta, pois ele força o corpo a despender energia para decompor, neutralizar e excretar tudo que foi comido. Na realidade, o corpo usa sua própria energia para transformar e excretar o que a pessoa inseriu no seu tubo digestivo. Daí vem o "cansaço" e sonolência após as refeições, devido à queda de energia disponível para nossas outras funções, que não a digestão.

Em segundo lugar, a comida engolida não é usada para construir as células do corpo humano. Ela tem um impacto em como as células são construídas e como elas funcionam, mas a comida não as constrõem. O corpo não constroi diretamente suas células do alimento ingerido.

Que faz o corpo com a comida engolida? O corpo irá remover completamente a comida engolida, se ele estiver funcionando adequadamente. O corpo remove as substâncias supérfluas e venenosas através das fezes, gases, urina, suor, saliva, sebo, sangue (menstruação), respiração, cabelo, unhas e epiderme. Porém, se existir algo errado com o funcionamento do corpo (algo normal na presente civilização, onde praticamente não existe uma pessoa idealmente saudável) então ele trata de forma diferente certas partes do alimento ingerido. Parte do alimento é armazenado (exemplo, como gordura, glicogênio), outra parte é colocada de lado para ser removida posteriormente (aquelas substâncias que requerem maior quantidade de energia, como os metais pesados).

O material comido é, então, decomposto em diferentes componentes químicos. Estes entram no sangue e circulam por todo o corpo, alcançando as células. Cada composto químico, criado desta forma, constitui informação. Esta informação afeta o trabalho da célula. Portanto, as células são afetadas pela informação originada pelo material comido. Informação é um programa que afeta a célula. A célula, sendo afetada pelo programa, irá produzir o que ela precisa para viver, como proteínas, minerais, etc.

Os componentes químicos (originários do que a pessoa come e bebe) que chegam até as células, fazem a função de catalisadores que irão causar reações específicas. Isto é a causa da aparência e comportamento de uma pessoa depender do que essa pessoa come. Quanto maior a quantidade de informação não-benéfica (como as causadas por venenos), mais cedo a célula morre.

O corpo humano precisa de alguns milhares de compostos químicos e de elementos por dia, para funcionar adequadamente, cada um na quantidade certa e no tempo certo. Se o corpo não os recebe no tempo certo e na quantidade certa, ele começa a funcionar inadequadamente - isso é chamado de doença. Isto causa um desgaste mais rápido (morte) do corpo.

Você pensa que com sua comida você pode entregar todas essas substâncias ao corpo no tempo adequado e na proporção correta? Isto é praticamente impossível, não é mesmo? Felizmente, o corpo consegue sintetizar essas substâncias diretamente da Luz (ou outras coisas), mas apenas sob a condição de que a pessoa não interfira (com a sua Pequena Inteligência).

Um abraço, Rui.

Referência:
[1] Joachim M. Werdin, Life Style Without Food, http://niejedzenie.info/english/text/lswf.pdf