quinta-feira, agosto 03, 2006

 

Oscar Quiroga - 26


ABSTER-SE DE FAZER O RIDÍCULO, PELO MENOS.


Enquanto isso, aqui na nave Terra, nossa humanidade poderia, pelo menos, abster-se de fazer o ridículo, e num dia como hoje ouvir com mais atenção a voz de suas entranhas, que a manda descansar, abster-se dos compromissos e de, principalmente, abrir a boca para tentar explicar o que só mentiras deslavadas poderiam descrever. O melhor serviço que nossa humanidade de boa vontade pode prestar a sua espécie é aumentar, dia a dia, o tamanho de sua despreocupação, retomando sua condição natural, que mais se parece à de uma criança brincando nos campos infinitos do Altíssimo. Períodos extensos de Lua Vazia, como os de hoje, colocam em relevo essas figuras patéticas que a cultura moderna produz, mas também as almas puras que silenciosamente sempre agem em nome do bem.

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