segunda-feira, janeiro 22, 2007
A Física da Consciência, do Espírito, da Alma e da Imortalidade - 2
A Ciência chegou à conclusão de que existem apenas quatro tipos distintos de interações (forças) fundamentais agindo nas substâncias/corpos presentes no Universo:
1- força eletromagnética
2- força gravitacional
3- força nuclear fraca
4- força nuclear forte
A interação/força eletromagnética surge e atua em corpos/matérias que possuem uma propriedade chamada de carga elétrica. Uma única carga elétrica gera um Campo Eletromagnético que se estende, em princípio, por todos os pontos do Universo, onde irá atuar a interação/força eletromagnética.
As demais três forças/interações [gravitacional, nuclear fraca, nuclear forte] surgem e atuam em todos os corpos que possuem a propriedade chamada de massa. O físico alemão Albert Einstein [1879-1955, Prêmio Nobel em 1921] provou, na sua Teoria da Relatividade Geral (que explica a interação gravitacional), que a presença de uma massa em um ponto do universo (e, portanto, do campo eletromagnético) distorce/deforma a distribuição do campo em torno desse objeto com massa (em termos de espaço e tempo), o que dá surgimento à força gravitacional. Uma analogia que costuma ser usada para entender isso é: suponha que se coloque uma bola bem pesada em cima de um colchão; isto vai deformar o colchão no entorno da bola pesada; se soltarmos pequenas bolinhas onde existe a deformação do colchão, essas bolinhas irão deslocar-se em direção à bolona pesada, simulando a atração gravitacional gerada pela bolona (devido à deformação, no espaço, do colchão, devido à presença da bolona). Como no caso do campo eletromagnético, qualquer massa gera um campo gravitacional que se espalha por todo o universo.
As duas outras forças que dependem de massa [nuclear fraca e nuclear forte], como o próprio nome indica, atuam apenas na região do núcleo dos átomos constituintes dos corpos. A força nuclear fraca é responsável pelo fenômeno do decaimento radioativo e a força nuclear forte é responsável pela estabilidade do núcleo atômico, mantendo unidas as partículas carregadas eletricamente (chamadas prótons, que tenderiam a se repelirem por terem todos o mesmo tipo de carga elétrica, chamada positiva) nesse núcleo.
Todos os corpos, visíveis ou invisíveis, são constituídos por átomos de vários tipos. Em qualquer átomo, sempre estarão atuando as quatro interações citadas acima e entre 2 átomos estarão presentes apenas duas interações: gravitacional e eletromagnética. Qualquer átomo é constituído por partículas elementares estáveis (todas com massas definidas e distintas) chamadas de elétron (ou eletrão, em Portugal) (na parte mais exterior do átomo, com carga elétrica negativa), próton (protão) (no núcleo do átomo, com carga elétrica positiva) e nêutron (neutrão) (no núcleo atômico, sem presença de carga elétrica). Se aplicarmos a Teoria da Relatividade Geral de Einstein ao núcleo atômico, que é constituído de massa, devido aos prótons e nêutrons, poderíamos dizer que as forças nucleares fraca e forte são resultado da distorção gerada no campo devido a essas massas, tornando essas forças situações particulares microscópicas da força gravitacional macroscópica [concordando com o ditado: "Assim fora como dentro", pois o átomo é um sistema planetário microscópico**]. A teoria que explica o funcionamento dos átomos constituintes de todos os corpos se chama Física Quântica (ou Mecânica Quântica, Teoria Quântica do Campo). Podemos, portanto, dizer que elétrons, prótons e nêutrons são objetos quânticos (partículas quânticas), que seguem as leis da física quântica.
[continua]
**Essa analogia micro/macro pode levar a algumas conclusões curiosas: como o átomo é um objeto ôco (existe um espaço vazio entre a camada de elétrons e o núcleo atômico), o planeta Terra poderia também ser ôco, com um núcleo (sol) em seu interior. Existe uma Teoria da Terra Ôca que diz exatamente isso; vários cientistas famosos (por terem suas pesquisas utilizadas até hoje) compartilharam dessa idéia, como o astrônomo/matemático britânico Edmond Halley [1656-1742], famoso por ter seu nome associado a um cometa, e o matemático/físico suiço Leonhard Euler [1707-1783].