quarta-feira, março 18, 2009
Um Curso em Milagres - 2
"Conheça a verdade e ela te libertará"
Vamos continuar a comentar as idéias apresentadas na Referência [1].
Esse livro pretende fazer uma ponte entre dois sistemas de pensamento: o sistema de pensamento do mundo em que vivemos e o sistema que tem suas bases alicerçadas na Verdade. Para fazer essa ponte é necessário compreender os dois sistemas a serem interligados, assim como um tradutor precisa conhecer as duas línguas envolvidas na tradução.
Esse livro tem como fundamento as seguintes informações:
Esse curso visa estabelecer claramente a diferença entre real e irreal (ilusório), entre conhecimento (verdadeiro) e percepção (errada, ilusória).
Conhecimento é verdade, pois estabelece-se a partir do contato direto com a realidade. A verdade é eterna, inalterável e não é ambígua. É possível não reconhecê-la, mas não é possível alterá-la. A verdade só é aplicável ao que é criado por Deus ou co-criado com Ele. A verdade não tem opostos, não tem início, não tem fim, pois está fora do tempo e, simplesmente, é.
A percepção é um mecanismo de gerar imagens e reconhecê-las, a partir de um projeto gerador de projeções e reinterpretações, a partir do passado, garantindo a continuidade de uma barreira de idéias e preconceitos que impedem o acesso ao que é, de fato, real.
O mundo da percepção é o mundo do tempo, da mudança, dos inícios e dos fins. É o mundo do nascimento e da morte, da escassez, da perda e do sofrimento, fundamentado sobre a crença na separação.
Portanto, do conhecimento e da percepção, surgem dois sistemas de pensamentos distintos que são opostos em todos os aspectos. A principal diferença entre os dois é que um é real e o outro não (o outro é ilusório).
Na realidade, não há separação, não há opostos, não há conflitos de espécie alguma, visto que a verdade é única, assim como a vontade que também é una entre Deus e sua Criação.
Como o sistema do mundo é baseado na percepção (via nossos sentidos corporais), tudo que se percebe atesta que o mundo é (aparentemente) real e, desta forma, aprisiona quem o percebe. Sair desse ciclo aprisionador sem ajuda não é possível enquanto o entendimento nascer da percepção. A verdade existe e é acessível apenas pelo fato de que na mente da criação de Deus existe um lugar onde a verdade pode ser encontrada, por ter sido alí depositada. Existe um lugar na mente que conhece a verdade e ao mesmo tempo reconhece nossas ilusões e não dá realidade a elas. A mente da criatura não está fracionada, sendo una em si mesma e una com a mente de Deus.
Porém, essa mesma mente permitiu a entrada de um pensamento impossível de separação, e em alguma instância conseguiu acreditar que isso possa ser possível. O encontro das idéias verdadeiras dessa mente com as idéias equivocadas é tudo o que o processo experimentado no tempo precisa concluir.
A mente, por sua vez, não é um lugar físico, ou um mecanismo tangível, como parece ser o cérebro, por exemplo. A mente é um atributo do espírito. Esse atributo está em constante unidade com Deus, e porisso é possível retornar à sua condição natural. Essa condição não está sendo percebida, mas existe.
A esse lugar, ou essa condição na mente, onde está o acesso à verdade do pensamento de Deus, chama-se neste curso de Espírito Santo ou o guia interno que sempre existiu dentro de todos nós.
A partir da visão obtida deste lugar, todas as cenas são vistas como meras projeções da mente, onde o observador e gerador dos pensamentos projetados está sempre ileso, independente dos resultados dos roteiros imaginados. Sendo assim, todas as cenas (do mundo) são vistas também como irreais ou inconsequentes para com o observador. Se são inconsequentes, não geram medo e se não geram medo, não geram raiva e se não geram raiva, não geram reações de ataque nem de defesa, nem sensação de perda.
A essa condição de reconhecimento da irrealidade de qualquer ação e, portanto, de suas decorrências, acrescenta-se, naturalmente, uma outra idéia ou um outro conceito que chamaremos de perdão, que em nada se parece com o conceito de perdão do mundo, pois trata-se do simples entendimento de que não há o que ser perdoado e, portanto, perdoado está.
O conceito de pecado também ganha uma nova óptica, agora realista pois passa a ser visto como apenas um equívoco de percepção que, por um insignificante espaço de tempo, deu realidade a algo que nunca aconteceu de fato. Como poderia considerar alguém pecador por seus sonhos com pensamentos que jamais poderão tornar-se realidade? Se perdoarmos a todos os envolvidos em nossas cenas, perdoamos a nós mesmos, e se perdoarmos a nós mesmos, não mais projetaremos cenas de sofrimento e morte (informe-se sobre a técnica kahuna do ho'oponopono). Passamos, dessa forma, a reconhecer a felicidade como o único estado legítimo para os inocentes.
Se nos envolvermos com o que não é real, sentimos medo, pois estamos nos vendo separados, solitários, e rodeados de ameaças que parecem vir do lado de fora. Essas sensações absurdas, transformam-se em projeções que se confirmam pelas percepções encomendadas que, em última instância, refletem o que pensamos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo. Enfim, precisamos apenas reconhecer que a realidade é una e indivisível, para que possamos perceber o mundo da separação como constituído de pensamentos impossíveis.
Conscientes da unidade, não precisamos de nada, visto que apenas pensamos no mundo, mas não estamos no mundo. Nosso atributo primordial é o amor e nossa natureza é compartilhar. A partir dessa visão, ninguém é mais ou menos importante e os relacionamentos se diferem apenas na função didática de promover a lembrança do que cada um é.
O mundo constrói relacionamentos especiais e os usa para gerar a separação, enquanto a visão santa e realista os utiliza para curar as mentes, corrigindo as percepções equivocadas e unindo-as em uma única visão da verdade.
O corpo parece ser amplamente auto-motivado e independente, no entanto, ele responde só às intenções da mente. Se a mente quer usá-lo para o ataque em qualquer forma, ele vem a ser vítima da doença, da idade e da decadência. Se, em vez disso, a mente aceita o propósito que o espírito santo tem para ela, ele vem a ser um meio útil de comunicação com os outros, invulnerável por tanto tempo quanto for necessário, para ser gentilmente deixado de lado quando a sua utilidade chegar ao fim.
Viver a verdade gera felicidade. Se você não está feliz, algo de não-verdade (ilusão) está presente. Ou você está no inferno (com sofrimento), ou você está no céu (sem sofrimento, com felicidade); você nunca está simultaneamente no céu e no inferno. Em qualquer instante que você está sofrendo, você está no inferno e não está no céu.
Referência:
[1] (Ditado por Jesus Cristo), Um Curso em Milagres, Editora Abalone Ltda. – São Paulo, 1999.
Esse livro pretende fazer uma ponte entre dois sistemas de pensamento: o sistema de pensamento do mundo em que vivemos e o sistema que tem suas bases alicerçadas na Verdade. Para fazer essa ponte é necessário compreender os dois sistemas a serem interligados, assim como um tradutor precisa conhecer as duas línguas envolvidas na tradução.
Esse livro tem como fundamento as seguintes informações:
NADA REAL PODE SER AMEAÇADO,
NADA IRREAL EXISTE,
NISSO ESTÁ A PAZ DE DEUS.
NADA IRREAL EXISTE,
NISSO ESTÁ A PAZ DE DEUS.
Esse curso visa estabelecer claramente a diferença entre real e irreal (ilusório), entre conhecimento (verdadeiro) e percepção (errada, ilusória).
Conhecimento é verdade, pois estabelece-se a partir do contato direto com a realidade. A verdade é eterna, inalterável e não é ambígua. É possível não reconhecê-la, mas não é possível alterá-la. A verdade só é aplicável ao que é criado por Deus ou co-criado com Ele. A verdade não tem opostos, não tem início, não tem fim, pois está fora do tempo e, simplesmente, é.
A percepção é um mecanismo de gerar imagens e reconhecê-las, a partir de um projeto gerador de projeções e reinterpretações, a partir do passado, garantindo a continuidade de uma barreira de idéias e preconceitos que impedem o acesso ao que é, de fato, real.
O mundo da percepção é o mundo do tempo, da mudança, dos inícios e dos fins. É o mundo do nascimento e da morte, da escassez, da perda e do sofrimento, fundamentado sobre a crença na separação.
Portanto, do conhecimento e da percepção, surgem dois sistemas de pensamentos distintos que são opostos em todos os aspectos. A principal diferença entre os dois é que um é real e o outro não (o outro é ilusório).
Na realidade, não há separação, não há opostos, não há conflitos de espécie alguma, visto que a verdade é única, assim como a vontade que também é una entre Deus e sua Criação.
Como o sistema do mundo é baseado na percepção (via nossos sentidos corporais), tudo que se percebe atesta que o mundo é (aparentemente) real e, desta forma, aprisiona quem o percebe. Sair desse ciclo aprisionador sem ajuda não é possível enquanto o entendimento nascer da percepção. A verdade existe e é acessível apenas pelo fato de que na mente da criação de Deus existe um lugar onde a verdade pode ser encontrada, por ter sido alí depositada. Existe um lugar na mente que conhece a verdade e ao mesmo tempo reconhece nossas ilusões e não dá realidade a elas. A mente da criatura não está fracionada, sendo una em si mesma e una com a mente de Deus.
Porém, essa mesma mente permitiu a entrada de um pensamento impossível de separação, e em alguma instância conseguiu acreditar que isso possa ser possível. O encontro das idéias verdadeiras dessa mente com as idéias equivocadas é tudo o que o processo experimentado no tempo precisa concluir.
A mente, por sua vez, não é um lugar físico, ou um mecanismo tangível, como parece ser o cérebro, por exemplo. A mente é um atributo do espírito. Esse atributo está em constante unidade com Deus, e porisso é possível retornar à sua condição natural. Essa condição não está sendo percebida, mas existe.
A esse lugar, ou essa condição na mente, onde está o acesso à verdade do pensamento de Deus, chama-se neste curso de Espírito Santo ou o guia interno que sempre existiu dentro de todos nós.
A partir da visão obtida deste lugar, todas as cenas são vistas como meras projeções da mente, onde o observador e gerador dos pensamentos projetados está sempre ileso, independente dos resultados dos roteiros imaginados. Sendo assim, todas as cenas (do mundo) são vistas também como irreais ou inconsequentes para com o observador. Se são inconsequentes, não geram medo e se não geram medo, não geram raiva e se não geram raiva, não geram reações de ataque nem de defesa, nem sensação de perda.
A essa condição de reconhecimento da irrealidade de qualquer ação e, portanto, de suas decorrências, acrescenta-se, naturalmente, uma outra idéia ou um outro conceito que chamaremos de perdão, que em nada se parece com o conceito de perdão do mundo, pois trata-se do simples entendimento de que não há o que ser perdoado e, portanto, perdoado está.
O conceito de pecado também ganha uma nova óptica, agora realista pois passa a ser visto como apenas um equívoco de percepção que, por um insignificante espaço de tempo, deu realidade a algo que nunca aconteceu de fato. Como poderia considerar alguém pecador por seus sonhos com pensamentos que jamais poderão tornar-se realidade? Se perdoarmos a todos os envolvidos em nossas cenas, perdoamos a nós mesmos, e se perdoarmos a nós mesmos, não mais projetaremos cenas de sofrimento e morte (informe-se sobre a técnica kahuna do ho'oponopono). Passamos, dessa forma, a reconhecer a felicidade como o único estado legítimo para os inocentes.
Se nos envolvermos com o que não é real, sentimos medo, pois estamos nos vendo separados, solitários, e rodeados de ameaças que parecem vir do lado de fora. Essas sensações absurdas, transformam-se em projeções que se confirmam pelas percepções encomendadas que, em última instância, refletem o que pensamos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo. Enfim, precisamos apenas reconhecer que a realidade é una e indivisível, para que possamos perceber o mundo da separação como constituído de pensamentos impossíveis.
Conscientes da unidade, não precisamos de nada, visto que apenas pensamos no mundo, mas não estamos no mundo. Nosso atributo primordial é o amor e nossa natureza é compartilhar. A partir dessa visão, ninguém é mais ou menos importante e os relacionamentos se diferem apenas na função didática de promover a lembrança do que cada um é.
O mundo constrói relacionamentos especiais e os usa para gerar a separação, enquanto a visão santa e realista os utiliza para curar as mentes, corrigindo as percepções equivocadas e unindo-as em uma única visão da verdade.
O corpo parece ser amplamente auto-motivado e independente, no entanto, ele responde só às intenções da mente. Se a mente quer usá-lo para o ataque em qualquer forma, ele vem a ser vítima da doença, da idade e da decadência. Se, em vez disso, a mente aceita o propósito que o espírito santo tem para ela, ele vem a ser um meio útil de comunicação com os outros, invulnerável por tanto tempo quanto for necessário, para ser gentilmente deixado de lado quando a sua utilidade chegar ao fim.
Viver a verdade gera felicidade. Se você não está feliz, algo de não-verdade (ilusão) está presente. Ou você está no inferno (com sofrimento), ou você está no céu (sem sofrimento, com felicidade); você nunca está simultaneamente no céu e no inferno. Em qualquer instante que você está sofrendo, você está no inferno e não está no céu.
Referência:
[1] (Ditado por Jesus Cristo), Um Curso em Milagres, Editora Abalone Ltda. – São Paulo, 1999.
Marcadores: milagres
Comments:
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Até que enfim os comentários desse livro foi retomado! Estou lendo-o, é uma leitura não muito fácil mas o Espírito Santo tem me ajudado,junto com o fato de eu ser persistente.
Quero aproveitar para informar que o livro pode ser baixado de graça no site Scribd.
Quero aproveitar para informar que o livro pode ser baixado de graça no site Scribd.
Caro Rui
Adorei a imagem do tradutor que tem de conhecer ambas as linguas.
Outro obrigada.
Por estas e por outras é que venho ao seu blog sempre que posso.
Abraço
M. :-)
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Adorei a imagem do tradutor que tem de conhecer ambas as linguas.
Outro obrigada.
Por estas e por outras é que venho ao seu blog sempre que posso.
Abraço
M. :-)
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