segunda-feira, agosto 24, 2009
O "Fruto Proibido" da Bíblia - 3
Antes de continuar a investigar o que é o "fruto proibido", na concepção esotérica (vinculada à nossa atividade sexual), vamos comentar sobre outro tema relacionado a isso. As partes do nosso corpo físico mais importantes para a manutenção e funcionalidade de nossa vida encarnada foram todos feitos em duplicata: temos duas pernas, dois braços, dois rins, dois pulmões, duas narinas, dois olhos, dois ouvidos e dois cérebros. As funções menos importantes (menos críticas) são efetuadas por órgãos únicos sem "reserva em stand-by": existe apenas um pênis (ou uma vagina), um estômago, um fígado, um pâncreas, um coração, um ânus, uma boca, uma língua. Um saci-pererê, por exemplo, conseguiria viver com apenas uma das suas duas pernas...
É muito fácil verificar este grau de hierarquia: podemos passar apenas alguns minutos sem ar (nos dois pulmões) antes de morrer, mas, sem ingerir substâncias pela única boca e sem usar sexualmente o pênis ou a vagina, podemos passar um período muito longo de dias (ou anos). Esta hierarquia de importância está implícita em vários ditados populares, como "Falar (pela boca, com a língua) é prata, escutar (pelos dois ouvidos) é ouro", etc.
Portanto, comer do fruto proibido pela boca (interpretação literal e exotérica) ou pelo uso inadequado do pênis ou vagina (interpretação oculta e esotérica), são atividades não-críticas para a nossa sobrevivência física. O nosso corpo físico é um mecanismo movido a ar e, portanto, os nossos pulmões estão no caminho crítico para a nossa sobrevivência física. Felizmente, os controladores do mundo ainda não encontraram um meio de taxar/cobrar pelo ar que respiramos, ao passo que com os alimentos e o sexo foi montado um esquema social que nos exige dinheiro para os acessar, o que permite a nossa escravização por esses controladores sociais.
Por que temos dois rins, mas apenas um fígado? Aqui vale a pena relembrar a lenda grega de Prometeu, aquele que trouxe o fogo para a humanidade. Com o fogo, o homem passou a cozinhar os alimentos, tendo acesso direto à Árvore da Morte, ao invés da Árvore da Vida, e perdeu a sua imortalidade física. Por esta malvadeza feita com a humanidade, Prometeu foi punido: foi amarrado no alto de uma montanha, onde uma águia ia devorar o seu fígado diariamente, que, no entanto, se regenerava todos os dias, para um novo ataque da águia. Minha interpretação desta lenda: a águia é a comida que passou pelo fogo e que ataca o nosso fígado diariamente (exige o seu funcionamento contínuo); o fígado é o órgão do nosso corpo com a maior capacidade de regeneração, pois precisa estar funcional para o ataque diário da águia (correspondendo à ingestão de nossa alimentação cozida diária, um veneno para nosso organismo, que é combatido pelo fígado e pelo pâncreas). Porém, como a alimentação bucal é um item facultativo para o ser humano, temos apenas um estômago, um fígado, um pâncreas, um baço, um intestino e um ânus. Li, certa ocasião, que em pessoas que ficam muito tempo sem alimentação bucal, o ânus some (fecha-se esse orifício)... em concordância com a afirmação de que "tudo que não é usado, atrofia-se"...
Mas, por que dois rins? Simples: os rins filtram o sangue (veículo que alimenta todas as células do nosso corpo), limpando-o; o sangue é afetado imediatamente pela qualidade do ar que entra nos pulmões; se o ar que respiramos, indispensável e crítico à manutenção de nossa vida física, estiver contaminado/poluído, os rins imediatamente tentam eliminar os venenos do sangue, para manter nosso organismo vivo. Esta atividade é, portanto, extremamente crítica. Vale, aqui, lembrar de um fato: todos os locais do planeta onde existe a maior densidade de pessoas centenárias, são pequenos vilarejos nos topos das montanhas, onde o ar (nosso principal alimento, gasoso) é puríssimo...
[continua na Parte 4]
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