quinta-feira, dezembro 17, 2009

 

Oscar Quiroga - 781


QUANDO MUDARÁ TUDO?


Apesar de a infâmia crescer alimentada pela maioria fraca e propensa à corrupção, isso não impede que uma alma cheia de boa vontade olhe para o céu e entoe louvas à beleza cósmica. Fazer isso não é otimismo piegas, mas praticar o necessário equilíbrio para que a vergonha que o coração sente por fazer parte de uma civilização tão decadente quanto a nossa atual não descambe para o desejo de apocalipse. O apocalipse é tão improvável quanto uma estrela cadente cair na cabeça de alguém. Pode acontecer? Pode! Mas é improvável. Esse desejo apocalíptico denuncia a vergonha que sentimos pela civilização em que existimos, mas também confessa a preguiça que nos dá encarar o sagrado esforço de reinventá-la. Tudo mudará só quando assim o determinarmos.

Buscar a harmonia é um processo difícil. Não admira que as pessoas desistam e pretendam dominar umas às outras em vez de dedicar-se ao árduo, porém belo processo de equilibrar as discórdias e conquistar harmonia.

Arrume tudo da melhor forma possível, não apenas para você sentir conforto, mas também para agradar as pessoas que interessarem a você. É bom agir para agradar alguém, porque isso alarga a perspectiva da percepção.

Mantenha tudo dentro dos limites da estrita ordem, pois só isso redundará em benefícios verdadeiros. Querer pegar atalhos ou confiar excessivamente em facilidades só vai atrasar o que poderia vir com rapidez espontânea.

Ninguém precisa vencer, ninguém é obrigado a dar o braço a torcer, só que para se atingir a bela harmonia é fundamental que todas as pessoas envolvidas tomem decisões serenas, sem o intuito de vingar-se de ninguém.

Nenhuma dificuldade dura para sempre, mas os momentos fáceis são efêmeros também. Por isso, a mais sábia atitude perante a vida é não entrar em colapso nervoso nem por causa das facilidades nem pelas dificuldades tampouco.



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