terça-feira, março 23, 2010

 

Oscar Quiroga - 875


A GENTIL ARTE DE OUVIR


Um dos mais inequívocos sinais de falta de progresso em nossa civilização é a difamação ou a tendência a ridicularizar os semelhantes que não pensem ou atuem de acordo com nossas idéias particulares. A injúria, como erva daninha, cresce rápido e depois é muito difícil erradicá-la. Palavras são emanações de energia, criações que, como filhos, se agarram a quem as disse para cobrar tributo e se alimentar de sua vitalidade. Quem diz palavras injuriosas acha ser livre pensador, mas é escravo da infâmia, porque dá voltas e mais voltas no mesmo vício sem conhecer outra realidade. A gentil arte de ouvir outra verdade, uma história diferente, é o sinal de progresso que vem junto ao estabelecimento de vínculos de cooperação mútua.

Cuide de seu mundo interno em vez de tentar dominar os acontecimentos. O mundo interno está sob seu domínio, mas os acontecimentos não, esses têm seu próprio ritmo e direção. Seja você o acontecimento!

Apontar erros é um vício que circula com extrema soltura nas conversas. Poderia acontecer o contrário, falando-se mais da beleza e virtudes que também acontecem no mundo e nos relacionamentos. Alguém se habilita?

É impossível não contaminar os relacionamentos familiares com o que ocorre fora de casa. Por isso, seria sempre muito sábio purificar os pensamentos, emoções e atitudes antes de conversar com os familiares.

Renovar-se é motivo de entusiasmo. Porém, os primeiros passos do caminho de renovação nunca serão tão fáceis quanto o entusiasmo teria feito parecer. É que você terá de renegar hábitos e vícios consolidados.

Nenhum ser humano está verdadeiramente acima dos outros. No mundo dos pensamentos não há distinção, o veneno dos maus pensamentos atinge todas as pessoas. Porém, o mesmo deve ser dito a respeito dos bons pensamentos.

As esperanças e ideais nunca devem ser abandonados, pois representam sua única proteção e guia entre o céu e a terra. O tempo pode obrigar você a transformar essas esperanças e ideais, mas nunca abandoná-los.

Agir de acordo com as circunstâncias não é o mesmo que agir por livre e espontânea vontade. Procure não reagir aos acontecimentos, mas aproveitá-los para meditar profundamente sobre a vida, tomando tempo para decidir depois.

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