segunda-feira, julho 25, 2011

 

Oscar Quiroga - 1343


O CREPÚSCULO DA CIVILIZAÇÃO


É inevitável assomar uma ponta de satisfação ao contemplarmos o crepúsculo dos que outrora brandiam com arrogância o poder, nós que fomos oprimidos sentimos o prazer da desforra. Porém, em nome de evitar que pela magia oculta da dialética nossa discreta satisfação nos transforme em opressores temos a sagrada responsabilidade de observar tudo com a ótica do coração, sendo compassivos. Por que deveríamos nos ocupar com vingança e desforra se ninguém se livra do resultado de seus atos? Assumir o papel de algozes não representaria a libertação da opressão, apenas mudá-la de endereço e máscara. Não! O crepúsculo da civilização poderosa que testemunhamos não deve ser mais celebrado do que o alvorecer de uma nova perspectiva.

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