quinta-feira, agosto 18, 2011

 

Soja e Menopausa


Já vimos em muitas postagens anteriores deste blog [nos dias 18.06.09, 12-21-24 e 30.08.09, 19.09.09, etc] que a soja enquadra-se na categoria de "fruto proibido" da Bíblia e, portanto, não deveria ser consumida rotineiramente pelo ser humano, por recomendação de Deus. Abaixo segue um artigo [1] que reforça esta recomendação divina...

Estudo questiona uso de soja na menopausa
Consumo de suplementos com o vegetal não reduz sintomas e até piora os fogachos, diz pesquisa americana
Alimento é visto como alternativa à reposição hormonal, que aumenta o risco de doenças, como câncer de mama

Ingerir suplementos de soja para reduzir os sintomas da menopausa, como a perda óssea, não funciona e pode até piorar as ondas de calor (fogachos), segundo um estudo norte-americano.

A soja contém isoflavonas, uma classe de fitoestrógenos semelhantes ao hormônio feminino estrogênio, cuja produção cai na menopausa.

Desde a publicação do estudo WHI (Women Health's Initiative), que mostrou que a terapia de reposição hormonal convencional aumenta os riscos de câncer da mama e doenças cardiovasculares, as prescrições de hormônio sintético caíram bastante e as mulheres passaram a recorrer à soja.

Agora, uma pesquisa da Univerdidade de Miami, publicada no "Archives of Internal Medicine", descarta a soja como alternativa eficaz.

As voluntárias do estudo tinham entre 45 e 60 anos e estavam na menopausa há cerca de cinco anos.

Um grupo de 122 mulheres tomou comprimidos de 200 mg de isoflavonas todos os dias durante dois anos. Outras 126 participantes ingeriram placebo. Nenhuma sabia o que estava tomando.

Não foi observada melhora na perda óssea nos dois grupos, e grande parte das que tomaram os suplementos de soja ainda relataram piora nas ondas de calor.

Segundo César Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, o estudo endossa outras evidências que já apontavam nessa direção. "Desde 2002, quando a reposição hormonal ficou muito fragilizada, procura-se uma alternativa, e a que ganhou muitos adeptos é a que usa isoflavonas", afirma. Mas, diz Fernandes, os resultados mostram que o efeito não supera o do placebo. O ginecologista diz ainda que não há garantias de que a isoflavona não aumente o risco de câncer de mama. "As pessoas acham que a isoflavona é inócua, e que a terapia hormonal é pior porque é sintética. Muitos médicos e pacientes compraram a idéia de que a soja é eficaz, mas não há evidências de que ela seja 'inocente'".

A ginecologista Adriana Orcese Pedro, professora da Unicamp, diz que os estudos sobre a soja são controversos. Ela é uma das autoras de uma pesquisa publicada em 2008, que mostrou que a soja e a reposição hormonal têm eficácia semelhante. Adriana afirma que os benefícios da soja dependem da idade, da intensidade dos sintomas, da quantidade ingerida e do nível de absorção da isoflavona de cada mulher. "Funciona para algumas, mas para outras, não. Por isso, não dá para orientar a comer soja para aliviar os sintomas da menopausa".

Ricardo Meirelles, vice-presidente do departamento de endocrinologia feminina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, diz que o estudo mostra que não dá para importar experiências de outros países. "Mulheres orientais têm menos sintomas de menopausa, mas isso não é só porque elas comem mais soja. Há fatores como alimentação e genética envolvidos, entre outros".

Outra alternativa para combater os efeitos da menopausa é o uso de antidepressivos, que é indicado para pessoas que não podem fazer a reposição hormonal convencional por causa de histórico de câncer de mama, diabetes ou hipertensão descontrolados, risco de trombose e doença hepática grave. Esta alternativa, no entanto, costuma levar a ganho de peso, boca seca, alterações do sono e da libido e constipação intestinal.

Referência:
[1] Mariana Versolato, Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C8, 10 de agosto de 2011.

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