quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Epicteto - 38
Fale apenas por bons motivos
Dá-se muita atenção à importância moral de nossos atos e dos efeitos deles. Aqueles que buscam viver a vida superior também acabam por entender o muitas vezes ignorado poder moral de nossas palavras.
Uma das marcas mais claras da vida moral é o discurso correto. O aperfeiçoamento de nosso discurso é uma das chaves de um autêntico programa espiritual.
Em primeiro lugar - e o mais importante - pense antes de falar, para se certificar de que está falando por um bom motivo. As conversas fúteis são um desrespeito aos outros. A auto-exposição inconsequente desrespeita a você mesmo. Muitas pessoas se sentem impelidas a verbalizar qualquer sentimento passageiro, pensamento ou impressão que têm. Despejam aleatoriamente o conteúdo de sua mente sem se importar com as consequências. Isso é perigoso tanto prática quanto moralmente. Se tagarelarmos sobre cada idéia que nos ocorre - grande ou pequena - podemos desperdiçar facilmente, na corrente da tagarelice sem importância, idéias que têm um mérito real. Um discurso irrefletido é como um veículo que derrapa desvairado, sem controle e destinado a cair num fosso.
Se necessário for, seja mais silencioso ou fale economicamente. A fala em si não é uma coisa boa nem má, mas é tão comumente usada de forma desleixada que é preciso ficar atento. A conversa frívola é ofensiva; além disso, é inconveniente ser tagarela.
Participe de discussões quando uma ocasião social ou profissional o exigir, mas fique atento para que o espírito e o intento da discussão e seu conteúdo permaneçam dignos. A tagarelice é sedutora. Fique longe de suas armadilhas.
Não é necessário restringir-se a assuntos elevados ou filosofia o tempo todo, mas tenha em mente que a conversa comum que passa por discussão valiosa tem um efeito corrosivo sobre o objetivo superior que você almeja. Quando tagarelamos sobre coisas triviais, nós próprios nos transformamos em triviais, pois nossa atenção é tomada pelas trivialidades. Você se transforma naquilo para o que sua atenção se volta.
Tornamo-nos tacanhos se nos engajamos em discussões sobre outras pessoas. Em especial, evite culpar, elogiar ou comparar as pessoas.
Se você notar que a conversa à sua volta está se degenerando numa falação sem sentido, tente sempre que possível ver se pode sutilmente reconduzi-la para assuntos mais construtivos. Se no entanto você se encontra entre pessoas desconhecidas e indiferentes, simplesmente permaneça em silêncio.
Esteja sempre de bom humor e dê uma boa risada quando for o caso, mas evite a imoderada gargalhada que facilmente degenera em vulgaridade ou malevolência.
Se puder, evite fazer promessas vazias sempre que possível.
Fonte: Sharon Lebell, O Pequeno Livro da Vida, Editora Best Seller, 1994 (do original em inglês). ISBN 85-7123-482-5.
Uma das marcas mais claras da vida moral é o discurso correto. O aperfeiçoamento de nosso discurso é uma das chaves de um autêntico programa espiritual.
Em primeiro lugar - e o mais importante - pense antes de falar, para se certificar de que está falando por um bom motivo. As conversas fúteis são um desrespeito aos outros. A auto-exposição inconsequente desrespeita a você mesmo. Muitas pessoas se sentem impelidas a verbalizar qualquer sentimento passageiro, pensamento ou impressão que têm. Despejam aleatoriamente o conteúdo de sua mente sem se importar com as consequências. Isso é perigoso tanto prática quanto moralmente. Se tagarelarmos sobre cada idéia que nos ocorre - grande ou pequena - podemos desperdiçar facilmente, na corrente da tagarelice sem importância, idéias que têm um mérito real. Um discurso irrefletido é como um veículo que derrapa desvairado, sem controle e destinado a cair num fosso.
Se necessário for, seja mais silencioso ou fale economicamente. A fala em si não é uma coisa boa nem má, mas é tão comumente usada de forma desleixada que é preciso ficar atento. A conversa frívola é ofensiva; além disso, é inconveniente ser tagarela.
Participe de discussões quando uma ocasião social ou profissional o exigir, mas fique atento para que o espírito e o intento da discussão e seu conteúdo permaneçam dignos. A tagarelice é sedutora. Fique longe de suas armadilhas.
Não é necessário restringir-se a assuntos elevados ou filosofia o tempo todo, mas tenha em mente que a conversa comum que passa por discussão valiosa tem um efeito corrosivo sobre o objetivo superior que você almeja. Quando tagarelamos sobre coisas triviais, nós próprios nos transformamos em triviais, pois nossa atenção é tomada pelas trivialidades. Você se transforma naquilo para o que sua atenção se volta.
Tornamo-nos tacanhos se nos engajamos em discussões sobre outras pessoas. Em especial, evite culpar, elogiar ou comparar as pessoas.
Se você notar que a conversa à sua volta está se degenerando numa falação sem sentido, tente sempre que possível ver se pode sutilmente reconduzi-la para assuntos mais construtivos. Se no entanto você se encontra entre pessoas desconhecidas e indiferentes, simplesmente permaneça em silêncio.
Esteja sempre de bom humor e dê uma boa risada quando for o caso, mas evite a imoderada gargalhada que facilmente degenera em vulgaridade ou malevolência.
Se puder, evite fazer promessas vazias sempre que possível.
Fonte: Sharon Lebell, O Pequeno Livro da Vida, Editora Best Seller, 1994 (do original em inglês). ISBN 85-7123-482-5.
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