sexta-feira, dezembro 21, 2012
Oscar Quiroga - 1815
Saudade do fim do mundo
O Fim do Mundo que não terá sido hoje até que deixará na boca um
gosto de saudade, pois que belo e psicodélico espetáculo seria abrir-se o
céu e descerem magníficos seres alados em naves interplanetárias
brandindo armas inofensivas para os justos, mas eficientemente punitivas
para os ímpios! Seria uma beleza! Mas vai deixar gosto de saudade,
porque não vai rolar nada disso. Isso não menospreza a importância de
venerarmos o divino, mas atenta ao fato de que não lhe devemos imputar o
dever de obrigá-lo a nos iluminar, pois esse não é o método divino, que
nunca nada impõe. Trilhar o caminho que nos reconduza ao divino é fruto
do mérito e do esforço, nada é imposto, todos os problemas que nós
mesmos inventamos nós mesmos devemos resolver, pois é nesse processo que
nos iluminamos.
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