segunda-feira, janeiro 14, 2013
Oscar Quiroga - 1837
De lamento em lamento se perde o tempo
Você pode continuar usando sua inteligência para produzir
argumentos que expliquem quanto sua vida é miserável e infeliz porque há
esses ou aqueles culpados, tanto quanto porque as circunstâncias são
todas adversas. Porém, no final do dia, quando sua alma estiver a sós
consigo mesma, nesse lusco-fusco entre a vigília e o sono, quando não é
possível ceder às manobras maquiadoras do raciocínio lógico, você verá
que, sim, há culpados e há adversidades, mas que no centro do palco está
sua alma, que decide tudo a todo momento, decide se tornar vítima ou
decide se armar contra o mar de adversidades e pela própria vontade lhes
dar fim, ou no mínimo, conquistar uma morte digna. De lamento em
lamento se perde o tempo que serviria para você, pelo menos, assumir o
comando da criatividade que faz de você humano.
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