sexta-feira, março 15, 2013
Oscar Quiroga - 1896
O labirinto
Um dia você acorda e percebe que foram seus próprios passos que
tramaram o labirinto em que sua alma está presa. Nesse momento,
quaisquer tentativas de conforto são contraproducentes, a alma as recebe
como insultos. A constatação da própria responsabilidade será sempre um
evento de grande impacto que, porém, nem todo mundo administra com
sabedoria. A falta dessa reconduz a luminosa constatação de novo para
dentro do labirinto, onde se tramam novas argumentações para erguer o
convencimento de que não teria havido outra saída a não ser aquela que
trouxe até aqui e agora, à constatação do labirinto. Novos culpados,
novas formulações estranhas, e o labirinto adquire sobrevida. Ao mesmo
tempo, a oportunidade de lidar com sabedoria está disponível, observar,
identificar e reciclar o poder de criar em outra direção diferente.
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