terça-feira, abril 30, 2013
Oscar Quiroga - 1939
O vício mental
Nossa humanidade está tão familiarizada com as diferenças que
teme a perspectiva delas encontrarem seus lugares e, todas juntas,
comporem um panorama de harmonia e paz. A paz é insustentável sobre o
modo de pensar que se consolidou na civilização, todos os seres buscam
adversários para se fortalecer e afirmar-se, e quando não os encontram,
os inventam. Esse é o caso dos preconceitos, um vício mental de nossa
humanidade cuja única utilidade é distanciar e renegar quaisquer pessoas
que representem alguma diferença. Ora! As diferenças não são perigosas,
são apenas diferenças e não representam oposições; afinal, existimos no
Infinito, que pode ser acessado através de infinitas posições, valha a
redundância. Os preconceitos são como um buraquinho na parede, através
do qual imaginamos que conseguimos ver tudo.
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