sexta-feira, março 06, 2015

 

Oscar Quiroga - 2571

Amparo e desamparo


Vieste dos braços e em busca de novo abraço te encontras, quem poderia censurar-te por isso? Existir em desamparo, ninguém merece! Que esse abraço, então, seja hipotético, real, simbólico, alegórico, que seja legal, que seja proibido, que possas mostrá-lo ou que tenhas de escondê-lo, ao ser humano há de se outorgar o direito de amparar-se. Entende, contudo, que não importa quão legítima seja tua busca, um numeroso grupo de pessoas erguerá o dedo admoestador na tua direção e te converterá em modelo de "como está tudo errado neste mundo". Teu amparo, então, não poderá ser encontrado em outrem, tua alma terá de construí-lo por si mesma e legitimá-lo nos benefícios que irradiares aos teus semelhantes, ainda desamparados e em busca de construírem seus próprios amparos. Tu lhes facilitarás a busca.

Marcadores:


Comments: Postar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?