segunda-feira, junho 29, 2015
Oscar Quiroga - 2683
Novas buscas
Como regra geral ninguém busca o divino pela sua beleza,
glória e transcendência, mas para tentar fugir da dor que oprime as
almas a maior parte do tempo e que ao longo dos anos cria um
desassossego abissal. O mesmo acontece com a liberdade, ninguém a
procura ativamente porque esse seria o melhor estado existencial, mas
como resultado do cansaço que dá existir em estado de constante
limitação. De fato, pouco importa se nossas buscas pelo divino ou pela
liberdade sejam negativas ou positivas, isto é, por fugir de seus
contrários ou porque realmente ansiamos nos aproximar do que
idealizamos. O que importa mesmo é que busquemos, que respondamos a esse
ardor que não nos outorga sossego até tomarmos a atitude de lutar
contra o que nos oprime em nome de algo desconhecido, que não tememos,
mas ansiamos.
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