segunda-feira, agosto 10, 2015
Carta de Tancredo Neves dirigida à nação brasileira
Psicografada por Robson Pinheiro
Amigos e companheiros, brasileiros e brasileiras,
Nosso
país passa por momentos incomuns em seu cenário político, econômico e
social, mas, sobretudo, por uma crise sem precedentes de ordem
espiritual, a qual se faz perceber nos desdobramentos do nosso momento
político e na conjuntura socioeconômica na qual estamos todos inseridos e
imersos.
Não podemos ignorar as palavras de Allan Kardec ao registrar que “de ordinário, são eles [os espíritos] que vos dirigem”.[1]
Sob esse pensamento, que traduz a realidade da vida nos bastidores de
todas as ações humanas, sabemos que as dificuldades enfrentadas pelo
povo brasileiro não são somente da parte daqueles que detêm o poder ou
que o veem fugir de suas mãos. Nós enfrentamos, neste momento, um dos
casos mais graves de obsessões complexas num âmbito generalizado em
nossa nação. O país passa por uma crise espiritual na qual as forças da
oposição ao progresso culminaram com a derrocada de valores e conquistas
do povo brasileiro, afetando, em grande medida, as instituições
públicas. Tudo isso levando-se em conta que, desde os bastidores da
vida, espíritos representantes das sombras, das trevas mais ínferas, têm
manipulado suas marionetes — políticos, homens públicos, empresários e
homens do povo, desde as pessoas mais comuns até aquelas que em alguma
grau detêm poder ou liderança sobre a multidão e, ainda, as que formam
opinião e são capazes de influenciar a situação reinante — a qual, a
cada dia, agrava-se a passos claros.
Não
podemos desconsiderar que a arma da qual se utilizam os representantes
das trevas deste século é eficiente o bastante para minar as forças
daqueles que querem acertar, pois formam quadrilhas, grupos de poder
para os quais é mais importante sua manutenção no poder, a qualquer
custo, do que o bem-estar do povo e das instituições que zelam por nosso
futuro promissor como nação.
Não
nos esqueçamos de que, por trás de homens, estão as hostes espirituais
da maldade, que fazem de tudo para saquear os cofres públicos, solapar a
economia, fraudar, corromper os valores éticos, assim roubando do povo
brasileiro o sono de sossego ou a fé em dias melhores. A estratégia
dessas entidades consiste, em larga medida, em promover a desgraça
daqueles homens e daquelas instituições que ainda acreditam e
representam o bem, a honestidade, a retidão de caráter e os valores que
nos tornaram, ao longo dos séculos, a grande nação que somos. É a
política das trevas, por meio de suas marionetes encarnadas, a deturpar
tanto o significado quanto a razão mesma da ética e de valores nobres e
sadios mediante o assassinato da fé do povo, alardeando uma visão
populista ao mesmo tempo que encobre sua verdadeira face de estandarte
do mal e das forças da escuridão.
Estamos
em plena guerra espiritual, na qual o campo de batalhas está cada vez
mais próximo de nós, de nossas famílias, de nossas vidas. Não mais
podemos pensar num tempo de tranquilidade ou de aparente segurança, pois
ninguém está seguro diante dos lobos travestidos em peles de ovelhas
com seus discursos preparados para enganar e levar a multidão a erro. Em
troca, deixam as migalhas caírem de seus cofres particulares, ou dos
cofres e das contas bilionárias das quadrilhas que tomaram de assalto e
aparelharam o governo, o país e as instituições que deveriam nos
representar.
Mas
não estão sós esses homens que assim agem. Como marionetes das forças
das trevas, eles representam um forte aparato de guerra que é utilizado a
fim de retardar o progresso e fazer com que as instituições do bem
sejam afetadas diretamente, pela força, a arrogância, as mentiras e as
pretensões das quais se valem para fazer afundar o barco da nação
brasileira.
A
política faliu; os homens públicos faliram; muitas empresas sucumbiram
mediante o abuso daqueles que tentam dominar a qualquer custo, e,
inclusive, muitos homens de bem, muitas pessoas de boa vontade,
iludidas, deixaram-se levar pelas promessas vãs, pelas políticas
públicas populistas, com seu idealismo patético a distribuir suas
migalhas, que ainda hoje retêm a população mais sofrida na situação de
dependência crônica dos programas forjados para iludi-la, visando à
ignorância do povo acerca do que se comete nos bastidores. Misérias e
bolsas oportunistas são oferecidas à gente pobre mas também aos ricos,
enquanto lobos vorazes pilham a economia e buscam se manter disfarçados
de ovelhas no comando de uma das maiores nações do planeta.
Não
nos enganemos, meus amigos, pois não estamos lutando “contra a carne e o
sangue”, mas, como disse o apóstolo Paulo, “contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade”.[2]
Em outras palavras, a guerra não é contra homens, apenas; com efeito, é
de ordem espiritual. Nosso discurso não é meramente político, mas de
convicção espiritual da realidade dos seres trevosos com os quais
lidamos. Quem é incapaz de perceber a gravidade da hora, o estiramento
das convicções e o assalto aos valores em pleno curso, deve-se indagar,
honestamente, se sua visão já não está comprometida pelos feiticeiros da
hipnose vigente, pelos artífices da derrocada da nação brasileira, dos
dois lados da vida.
Por
isso, hoje não nos resta uma alternativa plenamente confiável, embora
vislumbremos a possibilidade de modificar esse panorama, dando um novo
rumo ao nosso futuro. Se, por um lado, não se apresenta alguém que reúna
condições genuínas e plenas de representar a nação e o povo brasileiro
fazendo frente a esta marca da corrupção que avassala desde Brasília até
a base mesma da sociedade — isto é, o povo comum —, pelo menos nos
resta a alternativa de optarmos por uma ética ou, quem sabe, pela
possibilidade de mudar, uma vez que o horizonte não nos aponta um líder
ou uma liderança isenta de chances de perpetuar o erro. Ou, mais
modestamente: diante do quadro dramático em que se vê a nossa nação,
errar menos já seria de muito bom grado diante do extremo a que chegaram
os representantes eleitos democraticamente pelo nosso povo, iludido
pelas promessas, as mentiras e as ideologias de um governo dos mais
corruptos que a história do Brasil já conheceu. Diante de tamanha
manipulação mental, hipnótica e sensorial empregada por aqueles que
formaram a quadrilha que nos governa desde os bastidores do Palácio da
Alvorada até os bastidores da vida, sem dúvida errar menos já
significaria grande avanço.
Nosso
momento é grave, não somente economicamente, mas espiritualmente
falando. Sobretudo do ponto de vista espiritual, pois sabemos, com o
mínimo de perspicácia e observação, que forças ocultas estão em plena
concentração na tentativa de afundar o barco da nação brasileira, sobre a
qual já foi dito, um dia, que deveria ser o coração do mundo e a pátria
do Evangelho.
Segundo
podemos constatar, o coração está parando; está enfermo e precisando
urgentemente de uma cirurgia moral, ética e espiritual. E é raro que um
processo cirúrgico não cause apreensão e seja indolor.
Em
caráter emergencial, precisamos nos irmanar em oração, todos os que de
alguma maneira querem o bem do povo brasileiro. Precisamos pedir a Jesus
que tenha misericórdia dos filhos desta terra e das lideranças e dos
representantes do povo, mas que também sustente os esforços daqueles
poucos que resistem e querem acertar; dos que militam em defesa da
ética, da justiça, do desmascaramento dos lobos que enganam e enganaram a
multidão num momento frágil de sua fé no futuro e utilizaram do poder
de barganha para comprar com promessas levianas aqueles que não souberam
e ainda não sabem distinguir entre a ovelha e o lobo — este, o bando
que governa, distribuindo migalhas em troca de votos e popularidade.
Quem sabe, clamar para que os cidadãos sejam capazes de discernir e
identifiquem quem deseja ajudar educando e objetiva, de fato,
libertá-los da miséria, da servidão da consciência e da ignorância.
Precisamos nos reunir em oração, mesmo aqueles que de alguma maneira
ainda se deixam levar pelas promessas que já se mostraram vazias e pelo
idealismo disseminado em nome desta política desumana, que com certeza
não tem sua origem nos dirigentes espirituais da nação, mas nas hostes
da maldade, nos representantes da escuridão que estão encastelados nos
corações daqueles que, em troca do sofrimento do povo brasileiro, tentam
dominar e perpetuar-se no poder a qualquer custo.
Nosso
convite é para orarmos, juntarmos nossas energias e possibilidades
espirituais, e não somente vibrações, para que nos pronunciemos cada vez
mais. Que tenhamos a coragem de sair de nossos lares, de ir às ruas, de
nos manifestar pelo bem e pelo direito, pela vitória da ética e da
dignidade. E não falo aqui a favor ou contra partidos políticos, mas a
favor do bem, da justiça e das conquistas de nossa nação.
Que
possamos descruzar os braços, sair do comodismo diante dos
acontecimentos, tentando de alguma maneira nos pronunciar a fim de não
darmos ainda mais razão ao pensamento de que, se o bem não domina, é
porque “os bons são tímidos”[3]
— ou fracos. Sem que se ergam os cristãos como dantes se ergueram
perante as arbitrariedades dos ímpios, que culminaram nos circos romanos
da Antiguidade; sem que nos mexamos e façamos a nossa parte — muito
mais do que simplesmente rezarmos e pedirmos ajuda ao Alto, sabendo que
todos somos a ajuda que o Alto envia para agir no momento de crise —;
sem isso, se não agirmos e formos proativos, seremos apenas uma voz
rouca que, aos poucos, será silenciada em meio à multidão dos que sofrem
e do poder dos marginais a serviço da escuridão. Seremos apenas
miseráveis, escondidos em nossas casas de oração, batendo no peito a
clamar socorro, escondidos com medo de nos mostrar em nome da causa do
bem pela qual todos deveríamos nos expor e mostrar que, juntos, podemos
muito mais!
Não
se acanhem, não se iludam. Estamos em plena guerra espiritual, e, numa
guerra, onde estarão os representantes de um reino em tudo superior aos
reinos falidos dos homens e dos representantes das sombras?
Oremos,
sim, rezemos mais ainda, mas sobretudo nos posicionemos, em nossas
redes sociais, em nosso círculo de ação, em nossas famílias, no trabalho
e na sociedade, enquanto é tempo — antes que seja levantada a bandeira
da escuridão a substituir a do bem no seio do Brasil. Esteja de que lado
estiver, defenda você qualquer ideologia que defender, qualquer partido
político ou religião, saiba que você não está fora dessa luta e, se não
se posicionar urgentemente, será arrastado pelo caudal das lutas e
provações que já se avizinha da gente brasileira, ocasionado pela
política desumana e sombria dos seres das trevas e de seus
representantes políticos no mundo.
Relembrando
o pensamento de Edgard Cayce, numa de suas profecias modernas: nenhuma
instituição, nenhuma família, ninguém ficará isento de passar pelas
lutas e pelas provações coletivas que se abaterão sobre a nação neste
momento grave de provas a que serão submetidos o povo brasileiro e o
mundo em geral.[4]
Portanto, em nome do bem, em nome da justiça, em nome da ética e da
sobrevivência de nossa nação, dos valores morais e das conquistas
sociais, em nome de Jesus, que representa a política divina do Reino,
convocamos você a se pronunciar, a se mostrar, a mostrar a sua cara e
sair do comodismo de sua poltrona; a sair às ruas e gritar, falar,
divulgar nas redes sociais que nós, os que acreditamos num mundo melhor,
não compactuamos com a situação, a posição e as atitudes de franco
desequilíbrio espiritual, social, político, tampouco com o desrespeito
como vem sendo tratado o povo brasileiro nos últimos tempos. Precisamos
formar um feixe de varas, estar juntos, embora não fundidos, mas,
sobretudo, precisamos nos unir no propósito de enfrentar as hostes da
maldade instaladas em Brasília e nos bastiões do poder em todo o
território brasileiro. A bandeira do bem e da justiça urge ser hasteada,
e os bons, os que dizem representar o bem, precisam sair de seu
ostracismo e mostrar que realmente representam uma política divina, e
não a política humana marcada pela corrupção dos valores e da fé.
Robson Pinheiro pelo espírito Tancredo Neves, na companhia dos espíritos José do Patrocínio e Getúlio Vargas
Belo Horizonte, 04/08/2015
[1] kardec, Allan. O livro dos espíritos. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005. p. 306, item 459.
[2] Efésios 6:12.
[3] kardec. O livro dos espíritos. Op. cit. p. 526, item 932.
Fonte: http://www.guardioesdahumanidade.org/manutencao/
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