segunda-feira, janeiro 04, 2016

 

Oscar Quiroga - 2869

O jogo das razões

No jogo ordinário do conflito das razões, no qual todas as pessoas envolvidas competem para ver quem têm a razão, porque isso legitimaria acusar e culpar os outros, no fim, todos, sem exceção, acabam perdendo a razão, pois, de acordo com as regras desse jogo não há vencedores nem vencidos, apenas competidores frenéticos que lutam com ferocidade para que suas parciais e limitadas visões sejam aceitas com o poder da razão suprema, a que contempla e contém todas as outras. Visto de fora, esse jogo é apenas ordinário e até ridículo, mas para os jogadores é de extrema seriedade podendo, inclusive, se tornar argumento para que do ódio que emerge resulte um assassinato, que parecerá passional, mas que será calculado racionalmente. As emoções e a razão se provam, assim, ser uma única coisa.

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