terça-feira, fevereiro 13, 2018

 

Oscar Quiroga - 3622

O presente eterno

Nunca será suficiente, tu sempre desejarás mais, porque nem por decreto mental conseguirás deter a coreografia dos teus desejos, nem muito menos por reprimi-los obterás a paz que supostamente a suficiência te outorgaria. Com o tempo, e por obra dessa dinâmica, também te sentirás insuficiente diante da complexidade da experiência da vida. É que tu, mesmo que inadvertidamente, fazes planos para desfrutar da eternidade, mas ao mesmo tempo a morte te ameaça destruir esses planos. Sim, precisas aceitar que há algo em ti que é temporário e que acabará com a morte. Porém, com a mesma certeza precisas aceitar que há algo em ti que é eterno. Por que, então, não te dedicas a investigar e perceber a eternidade? Por que afirmas que o presente é fugaz quando está sempre aí, eternamente aí?

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