segunda-feira, novembro 26, 2018

 

Oscar Quiroga - 3903

O que temos em comum

Com todo respeito às diferenças e à defesa das particularidades de cada indivíduo, mas temos de aceitar que é muito mais o que temos em comum do que aquilo que nos diferencia. Como a ciência é a nova religião humana, empresto dela o argumento para corroborar a afirmação, pois, é sabido que em nossa carga genética a esmagadora porcentagem é igual para todos, apenas uma ínfima porção é dedicada a nossas peculiaridades, aquelas que tanto amamos, porque nos fazem diferentes. Não se trata com isso de desprezar o que nos torna diferentes, mas de verificar que as diferenças nem existiriam, não fosse provindas de um vasto campo que temos em comum e que, se as nossas peculiaridades o ameaçarem, é porque contêm em seu ventre a vontade de se autodestruir, destruindo o substrato sobre o qual se apoiam.

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