sábado, junho 29, 2019
Oscar Quiroga - 4093
Namasté
A civilização ocidental
importou da Índia uma saudação em idioma sânscrito: Namasté! Por aqui
ela foi traduzida poeticamente como: meu deus interior saúda o teu deus
interior, que é bonita, mas que em suas entrelinhas se esgueira a
ideologia da separatividade, tudo o contrário do que a saudação propõe.
Namasté, originalmente, é uma negação, a de que entre uma pessoa e a
outra haja qualquer tipo de distinção e separatividade. Nós até podemos
nos esforçar para, num ato de humildade e compaixão, nos posicionarmos
para saudar o deus interior alheio com o nosso próprio, mas com a mão no
coração e sendo sinceros conosco, perceberíamos que esse amor é
teórico, porque em vez de constatar que somos todos iguais, queremos, no
fundo, que nosso deus interior mande todos os outros deuses ao inferno.
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