domingo, novembro 17, 2019
Oscar Quiroga - 4212
Mediocridade consensual
A
humanidade é totalmente capacitada a buscar, encontrar e produzir obras
magistrais, muitas das quais merecem ser chamadas de perfeitas. Acontece
apenas que esse processo requer imensa dedicação, empenho, persistência
e uma lista de virtudes que normalmente não são brandidas, porque nossa
humanidade prefere se acomodar em dimensões que não exijam tanto
esforço de sua parte. Com o tempo, em vez de continuar se pautando pela
visão interior que lhe faz arder o coração de vontade de realizar o que
parece estar além de sua capacidade, nossa humanidade se comporta de
forma indolente, preguiçosa e vai formulando a afirmação de que a
perfeição das obras seja algo que deva ser combatido em vez de
estimulado. E assim, as artes, ciências e expressões vão ficando a cada
dia mais medíocres, muito abaixo da capacidade humana.
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