quarta-feira, janeiro 20, 2021

 

Quiroga - 4635

 
Não há 'outros' para culpar

A bestialidade que te torna uma presença violenta, tanto quanto a divindade que torna tua alma amorosa e cheia de vontade de servir ao bem-estar do mundo, as duas orientações convivem em teu coração, e o silêncio desesperado de teus dilemas se nutre desse paradoxo. Tua humanidade se desenvolve na mesma medida em que administres com destreza esse cabo de guerra que despedaça teu coração. Se desprezas a violência de certos grupos humanos, então te dedica com afinco a transmutar tua própria brutalidade no ouro luminoso de aceitar que tua presença seja unificada a tudo que acontece no mundo. Não há “outros” para culpar, somos todos únicos, originais e individuais, porém, acima disso, somos todos humanos, integramos o mesmo reino da natureza.

 

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