sexta-feira, dezembro 23, 2022
Quiroga - 5331
O MELHOR E O PIOR DOS MUNDOS
É evidente que o nosso não é o melhor dos mundos, porém, tampouco é o pior, porque se na imaginação podemos conceber pior ainda, é porque pior ainda está a caminho. De todo modo, podemos também dizer que nossa humanidade evoluiu o suficiente para encontrar alternativa, e agora tem a visão e também a percepção necessárias para sentar as bases de uma civilização mais justa e livre, que promova oportunidades para que a passagem por este planeta seja boa para todas as pessoas, transparecendo dimensões mais abrangentes de existência.
Se nada disso ainda é realidade consumada não é por falta de recursos, mas por mesquinharia mesmo, tanto da parte daqueles que, consciente ou inconscientemente continuam sustentando o domínio dos poucos que oprimem a maioria, quanto também pela acomodação da maioria oprimida numa letargia inerte que se alimenta do convencimento equivocado de que se nasce na Terra para sofrer, que não se pode fazer nada para remediar isso a não ser esperar pelo Salvador, e que enquanto esse não vier, o que nos resta é nos tornarmos merecedores das recompensas que viriam no além-morte, isso, é claro, se nos comportarmos direito enquanto existimos.
E resulta que a conta nunca fecha, sempre há uma dívida, sempre uma matemática de castigos e recompensas que se choca com a dura e solitária realidade de nossas íntimas decisões.
Vamos deixar algo claro pelo menos, o além não é melhor do que o aquém, ao contrário, porque pelo menos, enquanto encarnados, temos corpo físico para atuar e lutar, oportunidade de plasmar a imagem na matéria, porque é disso que trata a vida, expressão e impressão.
Marcadores: Quiroga