segunda-feira, janeiro 30, 2023

 

Quiroga - 5368


COMO ANDA TUA TOLERÂNCIA?
A consciência é, além de tudo o mais que desempenha, uma espécie de fiscal de fronteira que regula as informações que ingressam, como impressões, e as que saem, na forma de expressões, e nem sempre é possível preservar equilíbrio e harmonia nessa dinâmica, havendo normalmente bastante discrepância, de um tipo que não é apenas pessoal, mas a própria estrutura do mundo.

Assim é que chega o momento na vida em que tua alma tem de decidir o quanto tolerará a discrepância entre os preceitos morais que orientam como as coisas devem ser e a experiência sensorial de como as coisas são, e diante desse cenário inevitável, tu tens ao teu dispor uma gama muito ampla de usos para essa discrepância, a qual, embora te arda o coração para a resolver, seja pelo amor ou pela guerra, continuará existindo mesmo assim, porque apesar de haver disponível a perspectiva da transcendência, nossa consciência ainda não tem competência nesse tipo de navegação, prefere se apegar a preceitos que regulam a normalidade, que são muito consistentes, porém velhos e decadentes, replicados inclusive por muitas das pessoas que sinceramente pensam que os combatem.

É importante decidir até que grau tolerarás a discrepância que serpenteia em ti, nos outros, em todos, e com isso descobrir qual é o grau da própria hipocrisia, que simula não haver discrepância alguma enquanto o proceder oficial na existência discrepa do que em silêncio e de forma solitária se pensa e sente, e que produz eventos implacáveis, porque, no fim do dia, quem somos nós?

Somos o personagem que assumimos, ou somos aqueles que fazemos o impossível para experimentar o que nos apaixona?

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