domingo, outubro 29, 2023

 

Quiroga - 5616

 O FIM DAS TRADIÇÕES

Se o Coliseu reabrisse e fosse legalizado, é certeza que seria um sucesso de bilheteria e de redes sociais, porque o algoritmo das redes sociais adora uma polémica, se apoia na discórdia e não no entendimento mutuo, que considera tedioso.

A barbárie, porém, é um entretenimento que diverte e encanta até que acontece dentro da própria casa, ou com pessoas próximas, com as quais há laços emocionais, porque enquanto não é assim parece próximo e distante ao mesmo tempo, como um seriado na televisão, que está dentro de nossas casas e diante do qual ocorrem emoções intensas, mas que mantemos distante com o controle remoto na mão, que nos brinda com segurança.

A barbárie é a marca registrada da consciência autocentrada e egoísta de nossa humanidade, a qual tem a chancela das tradições antigas, que perderam toda sua nobreza e dignidade, mas mesmo assim continuam sendo repetidas, a despeito de ser evidente não terem mais nenhuma eficiência.

A tradição da violência está sendo substituída pelas novas tradições emergentes, que se pautam na consciência grupal, na visão da interdependência entre nós, do mesmo reino, na interdependência entre nós todos com os outros reinos da natureza, visíveis e invisíveis, e na relação com o planeta e o sistema solar também.

E não é que a nova tradição da consciência grupal seja pacifista, mas certamente não tem a violência como meio principal de referência.

Ainda que pareça utopia, se é possível falar e encontrar eco no coração ao expressar a consciência grupal, isso significa que está emergindo e que, de forma inexorável, substituirá as tradições antigas, que não brindam mais com suporte para nossa evolução.

O desconforto de não poder fazer o que pretende só não é maior porque a vida se apresenta com seus inerentes mistérios e muda o jogo de uma hora para outra. Por isso, evite perder tempo com queixas e lamúrias.

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