sexta-feira, janeiro 26, 2024

 

Quiroga - 5705

CUIDADO COM ELAS!

“A gente só pode dar aquilo que tem”, sobre essa frase lapidar e afirmativa se alimenta nossa preguiça de melhorarmos, porque apesar de ser verdade, já que não poderíamos oferecer o que não temos, ao mesmo tempo muito do que temos se encontra em estado potencial, e para expressar e “dar aquilo que temos”, precisamos também nos empenhar em desenvolver nossas potencialidades, sem preguiça.
Além disso, a falta de autogoverno de nosso egoísmo, faz com que nos interessemos mais em tomar do que em dar, nos incapacitando para o amor, que é uma oferenda.

Amar é o que se oferece, e porque se oferece, também se recebe, mas sempre nessa sequência, nunca se oferecendo sob a condição de ser recebido.
A preguiça nos torna passivos, e vivemos esperando que algo nos aconteça, que o amor nos aconteça.
A preguiça é irmã gêmea da inércia, cuidado com elas, porque as duas acenam com conforto, mínimo esforço e comodismo, porém, nos levam a criar razões, como a de que “só podemos dar o que temos”, que parecem sábias, mas que servem apenas para justificar que nos rendamos a nossas inimigas, preguiça e inércia.
Não é imprescindível sofrer para desenvolvermos nossas potencialidades e sermos quem verdadeiramente somos, mas sem o autogoverno de nosso próprio egoísmo e entregues à inércia, tentamos nos convencer de todas as formas possíveis que não há nada além disso.

E como há muito mais além disso, vivemos oprimidos, porque no fim do dia, quando colocamos a cabeça no travesseiro e estamos a sós com nossa alma, sabemos que poderíamos dar muito mais do que nos convencemos que temos para dar.

 A generosidade é uma virtude muito valiosa, por isso há de ser dosada para não a entregar a pessoas que a desvalorizariam achando que você não faz nada além do que elas merecem. Não se trata de agradecimento, mas de valor.



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