segunda-feira, julho 15, 2024

 

Quiroga - 5876

 O PONTO DE MUTAÇÃO

Os pensamentos que nos permitimos pensar, e que nos brindam com regozijo de duvidosa reputação, denunciam o grau de egoísmo a que nos dedicamos, porque na dimensão íntima dos pensamentos transgredimos todas as regras da civilização, realizamos fantasias abomináveis, torturamos e assassinamos nossos inimigos, e observamos a nós mesmos como seres extraordinários.

É nessa intimidade que se processa a gênese dos abusos que cometem na prática as pessoas que não enxergam motivo de freio em quaisquer dilemas morais.

Toda e qualquer forma prática de egoísmo é também um comportamento abusivo que será executado sobre alguém na forma de opressão e exploração, no tratamento do ser humano como mais um dentre tantos objetos utilitários que, depois de servir ao propósito, são deixados para trás, só que, é claro, os objetos não têm sentimentos ou ideações, enquanto os humanos descartados ficam traumatizados.

Mesmo nossa humanidade reconhecendo as abominações que comete em diversas gradações, dentro e fora da família, ainda assim não dá verdadeiro sinal de corrigir a rota, vai empurrando o problema às futuras gerações porque, é evidente, o egoísmo só se importa com o próprio regozijo, e como esse parece uma extensão natural da esfera íntima dos pensamentos, vai se repetindo ao longo das gerações.

Porém, como agora é possível descrever o que antes era varrido para baixo do tapete da consciência, talvez tenhamos chegado ao ponto de nos saciarmos de tanta abominação, ao ponto de mutação que cria uma nova civilização.

A civilização que sabemos idealizar, mas não praticar, onde os três pilares dos direitos humanos sejam normalizados, cuidarmos uns dos outros, respeitarmos as diferenças, e dignificarmos a presença humana entre o céu e a terra.

A rotina é o ritmo sobre o qual você construirá o destino, portanto, se você fizer alguns ajustes necessários em sua rotina, tendo em mente os objetivos que pretende conquistar, o caminho será muito facilitado.



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