segunda-feira, julho 22, 2024

 

Quiroga - 5883

 PARA QUE ESTAMOS AQUI?

Não me admira que nossa humanidade escolha normalmente caminhos destrutivos para si, na economia, na política, nos seus amores pessoais, porque é moeda corrente que, no fundo, decepcionada porque a vida não é maravilhosa como na sua imaginação egoísta e autocentrada, nossa humanidade espera sempre pelo pior, tanto quanto de alguma maneira torta e inconsciente anseia pelo apocalipse, convencida de que o reino humano seja uma falha da natureza (seu próprio reino?!) que precisa ser extirpado, e também se acostuma a desconfiar sistematicamente dos semelhantes e diferentes para disso colher o resultado de duvidosa reputação de se sentir sozinha, e não vou mais oferecer exemplos da lista infindável de vícios de nossa humanidade.

Simultaneamente a esses vícios egoístas de nossa humanidade, também florescem e criam raízes as virtudes da humanização; estamos aqui para cuidar uns dos outros, em vez de nos tratarmos como estorvos inúteis que precisam ser postos de lado o mais rapidamente possível. 

Estamos aqui também para aceitar e trabalhar sobre o princípio de que nossas diferenças não são irreconciliáveis, porque ninguém está com a razão total do seu lado, todos entendemos a vida dentro do alcance limitado de nosso intelecto. 

E também estamos aqui para elevar nossa humanidade a um patamar de dignidade que, hoje, pode parecer inalcançável aos que sempre esperam pelo pior e torcem pelo apocalipse, mas é inegável que o reino humano se humanizou aceleradamente e em muito pouco tempo, apontando a um futuro muito diferente do desastre que pareceria lógico acontecer.

A união cria uma força imbatível, porém, mesmo que as pessoas saibam disso, ainda assim continuam se comportando como se pudessem prescindir umas das outras. É uma loucura que passa despercebida.



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