quinta-feira, março 17, 2005
O Nosso Suicídio Diário - 2
Poderia acrescentar o seguinte sobre PÊLOS: Todos sabem que ao nascermos, somos seres "despelados naturalmente" (apenas "penugem" pelo corpo inteiro, com exceção dos cabelos).Isto continua até a adolescência, quando, então, surgem os pelos secundários definitivos (barba, axilas, pubis, pernas/braços). Quando estamos despelados naturalmente é também natural que os pais tenham o poder (e dever) de determinar/orientar as decisões dos filhos. Quando crescem os seus pelos definitivos, seria natural que os(as) adolescentes tomassem decisões por si só, sem depender dos pais. Porém, a moda social é "despelar artificialmente" (cortar ou arrancar todos os pelos secundários e primários), facilitando com que os pais continuem seu mando, que exerciam (corretamente) na fase "anterior", de despelamento natural. A despelagem artificial deixa o(a) adolescente sem uma posição muito segura, facilitando a imposição das orientações dos pais, mas gerando conflitos pais-filhos bastante conhecidos nesta fase da vida. Faz sentido para você? Todos os pelos param de crescer (e de gastar a energia correspondente!) depois de certo ponto (vide a juba dos leões, que não fica arrastando pelo chão). Você consegue identificar outros problemas com a mutilação dos pelos?
Quanto às unhas: TODOS os animais não cortam as unhas (ou garras, cascos) e, nem por isso, elas crescem desmesuradamente. Nossas unhas não irão ficar como as do "Zé do Caixão" (que ficaram daquele jeito por um tratamento completamente artificial). Você já observou as unhas de nossos "irmãos" primatas (gorila, chimpanzé, orangotango...)? Todas são bem comportadas, apesar de nunca serem cortadas! É óbvio que se você aparar as unhas, mantendo-as compridas, irá requerer menos dispêndio de energia do que se você apará-las, mantendo-as sempre curtas.
Já notou como é muito mais fácil descascar uma banana com unhas compridas do que com unhas bem curtas? Essa poderia ser uma "necessidade de não cortá-las"! Tocar violão pode ser mais fácil com as unhas um pouco compridas (pode dispensar a palheta)...
Um grande abraço, Rui.
Marcadores: suicídio