quarta-feira, fevereiro 14, 2007

 

A Física da Consciência, do Espírito, da Alma e da Imortalidade - 7


Albert Einstein nunca aceitou completamente o caráter estatístico/probabilístico da física quântica. Isto fica claro na sua frase célebre: "Deus não joga dados" [1], já que jogar dados dá como resultado uma probabilidade igual a 1/6 de um tipo de face (com 1, 2, 3, 4, 5 ou 6) ficar voltada para cima. Probabilidade igual a um representa o total das possibilidades possíveis (certeza total) ao passo que probabilidade igual a zero representa uma impossibilidade (como resultar o número 7 em um jogo de dados). Ele achava que os físicos quânticos da época estavam esquecendo de incluir algo em suas teorias, que resultava em soluções não-determinísticas dos eventos físicos analisados. Segundo as teorias de Einstein, todos os objetos e sinais não podem se deslocar com velocidade superior à da luz (valor máximo permitido), contrariando assim a propriedade de não-localidade dos objetos quânticos emaranhados [velocidade infinita de interação entre esses objetos], algo já medido em laboratórios.

Vejamos como funciona essa propriedade da interação não-local entre objetos quânticos correlacionados. Tomemos, como exemplo, dois elétrons. Para que eles fiquem correlacionados (emaranhados) basta que eles sejam produzidos em um determinado ponto em um determinado instante. Uma vez gerados esses dois elétrons correlacionados, podemos afastá-los entre si de qualquer distância física, que eles continuarão correlacionados. Agora, se alterarmos alguma característica física de um dos elétrons (sua velocidade, sua rotação, etc), o outro elétron correlacionado sofrerá instantaneamente a mesma alteração! Isto implica em interação instantânea, ou velocidade infinita de interação entre esses elétrons, algo proibido pelas teorias de Einstein.

Esta propriedade de não-localidade tem inúmeras implicações. A telepatia pode ser entendida como uma conseqüência desta propriedade. Foi feita uma experiência que prova isso: duas pessoas interagiram entre si durante um bom tempo (ficando, desta forma, correlacionadas); ambas foram ligadas a eletroencefalogravadores e separadas fisicamente de muitos quilômetros e colocadas em ambientes isolados eletromagneticamente (em gaiolas de Faraday); quando fizeram experiências com uma delas (que implicava em alteração marcante no eletroencefalograma), a outra pessoa, correlacionada, respondia da mesma forma no seu eletroencefalograma.

Uma outra implicação, mais abrangente, refere-se à Cosmologia. Os cientistas calcularam que o todo o Universo foi criado num instante finito do tempo e em um dado ponto do espaço, num único big-bang (explosão), há cerca de quinze bilhões de anos atrás [2]. Tomando isso como verdade, chegamos à conclusão de todos os átomos que constituem o Universo estão correlacionados, pois provêm de um mesmo ponto e no mesmo instante de tempo (condição suficiente para haver o correlacionamento/emaranhamento). Isso vem corroborar a afirmação mística de que "somos todos Um", estamos permanentemente emaranhados com Tudo no Universo. Quando eu mato um mosquito, eu estou matando a mim mesmo. Quando eu evoluo, todos se beneficiam instantaneamente disso, independente da minha divulgação dessa minha evolução.

[continua]

Vídeos relacionados com este tema:
Ciência e Espiritualidade - Física Quântica - Parte 1 (19/11/2006)
Incluído: 25/11/2006
45Kbps (27:26min): Assista on-line (requer banda larga)

Parte 2:
http://www.videosespiritas.com/online/cie/2007/Ciencia_e_Espiritualidade-2006nov27-Fisica_Quantica-p2-45k.asx

Referências:
[1] Laércio B. Fonseca, Física Quântica e Espiritualidade, Publicação própria do autor.
[2] Amit Goswami, A Janela Visionária: Um Guia para a Iluminação por um Físico Quântico, Editora Cultrix, 2000.

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