sexta-feira, julho 13, 2007
Nanotecnologia
Já postei anteriormente, por duas vezes, informações sobre este tema [vide Magnetismo e Saúde-2, de 18.7.06, e Aplicações da Nanotecnologia, de 24.6.07]. Há alguns dias tomei conhecimento de mais alguns fatos a respeito. Diferentemente das aplicações seguras de nanopartículas na construção de utensílios [usando nanopartículas de prata, que têm efeito bactericida], do artigo da FAPESP (de 24.6.07), empresas farmacêuticas e de cosméticos estão também desenvolvendo produtos contendo nanopartículas que entram em contato direto com o nosso corpo, o que pode levar à morte de nossas células. A razão desse efeito nocivo ao nosso corpo, como já comentado anteriormente, é devido ao tamanho muito pequeno das nanopartículas, bem menor que a maioria de nossas células, o que impede nossas células de barrar completamente a entrada dessas partículas minúsculas para o interior de si mesmas. Como todas as nanopartículas são substâncias mortas, essa morte é levada para o interior das células, matando-as.
Pois bem, o que li recentemente é que a indústria cosmética brasileira já está empregando esta nanotecnologia em seus produtos [1]. Trata-se das empresas Natura e O Boticário. A Natura iniciou suas pesquisas sobre este tema há dois anos e meio e lançou recentemente o Brumas de Leite, emulsão para a pele. As partículas deste produto são quebradas e reduzidas ao serem submetidas à alta pressão em equipamentos especiais. "A tendência é que cada vez mais a cosmética se aproprie dessas novas tecnologias", defende Jean Luc Gestezi, pesquisador da Natura. Cauteloso, ele afirma que o setor não tem a abrangência da indústria farmacêutica e não pode se permitir afetar negativamente a saúde humana. Adianta, no entanto, que a Natura desenvolve novos projetos utilizando essa técnica.
Já O Boticário iniciou as pesquisas sobre nanotecnologia seis anos atrás. A linha de protetores solares usa as nanopartículas há já algum tempo, conforme afirma o gerente de marketing Telmo Campos. No ano passado O Boticário colocou no mercado o Nanoserum. Recentemente, lançou uma linha com 21 produtos que utilizam esse recurso. A pesquisa foi patenteada no Brasil e já requisitou patente no exterior. Ele também afirma que a cosmética é diferente da indústria farmacêutica: "Cosmético não é medicamento".
Note a preocupação dos representantes das indústrias de cosméticos de tentarem se diferenciar das indústrias farmacêuticas, pois todos sabem, muito bem, que os fármacos nanométricos são potencialmente mortais. Não me consta, entretanto, que a química cosmética possa ser usada como alimento: são produtos químicos que produzem efeitos fisiológicos semelhantes aos produtos químicos da indústria farmacêutica, esta comprovadamente fabricante de produtos mortais, que mandam os incautos que os ingerem mais cedo para o cemitério através do famoso (mas nunca enfatizado, obviamente) "efeito colateral". O efeito colateral é sempre mandar o hipocondríaco para o cemitério, se qualquer remédio alopático for tomado de forma contínua, sem interrupção. É bom sempre lembrar o que disse o hoje considerado Pai da Medicina, Hipócrates: "Que o seu remédio seja a sua alimentação, e que sua alimentação seja o seu remédio". Portanto, aquilo que você não puder ingerir despreocupadamente todos os dias, não será remédio, mas veneno para o seu corpo... Como não dá para comer cosméticos e produtos farmacêuticos em todas as refeições, esses produtos são venenosos para o corpo humano. Jesus já dizia: "A vida só vem da vida, e da morte só vem (doenças e) morte". Não se suicide diariamente.
Nanotecnologia chega a cosméticos
Este é o título da reportagem de hoje [15.7.07] do jornal Correio Popular, de Campinas. Como subtítulo ele relata: Produtos para a beleza confeccionados com partículas nanoscópicas já estão virando moda no Brasil e no mundo todo. A unidade chamada nanometro [10E-9 m] é igual à bilionésima parte de um metro. Nestas dimensões já atômicas, as substâncias costumam adquirir propriedades especiais.
A Europa e os EUA já investigam os possíveis danos que podem ser causados por essa tecnologia. Preocupados com os possíveis efeitos colaterais de cosméticos ou remédios à base de nanotecnologia, Europa e Estados Unidos já começam a investir pesado em pesquisas que apontem os riscos desta novidade. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável pela liberação de medicamentos e cosméticos, ainda não realiza testes específicos com os novos produtos que utilizam essa tecnologia. Questionado pela reportagem, o órgão afirmou não ter estatística sobre quantos deles foram aprovados e estão à venda no País [Obs: provavelmente, os fabricantes não são obrigados a informar sobre o uso de nanopartículas em seus produtos]. A assessoria de imprensa informou que não há legislação nem testes específicos para nanotecnologia no País, mas que todo cosmético ou remédio passa por testes antes de ser liberado ao mercado. Os dermatologistas lembram que é preciso cautela. "Se não houver um receptor específico [na célula do nosso corpo], as pequenas partículas podem ir para a corrente sangüínea e ser prejudiciais", afirma Denise Steiner, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Pode ocorrer absorção e alergias.
Cosmético que penetra mais na pele ganha consumidoras
Este é o título da reportagem de hoje [15.7.07] do jornal Folha de São Paulo. Ela explica que o creme com nanopartículas usa as particulas das substâncias já encontradas nos produtos usuais, porém agora reduzidas à dimensões da ordem de um bilionésimo do metro. Nanopartículas [mil vezes menores do que as micropartículas] de vitaminas e de substâncias como colágeno entram facilmente na pele e prometem fazem milagres. O fim das rugas, o clareamento das manchas da pele, a redução da celulite. Quase tudo parece possível no mundo dos cosméticos com o uso da nonotecnologia. Nova mania mundial, esses produtos começam a ganhar adeptas no Brasil.
A nanotecnologia em cosméticos nada mais é do que o uso de partículas de substâncias já comumente encontradas nos produtos atuais, como a vitamina C, reduzidas agora a cerca de um bilionésimo do metro. Sendo bem menores, elas conseguem penetrar bem mais fundo na pele e, dessa forma, agir de forma mais eficaz, explicam os pesquisadores. O problema é quando essas partículas vão parar na corrente sangüínea, como visto no artigo do Correio Popular mostrado acima.
A dermatologista Carolina Ferolla, de São Paulo, confirma que a procura por produtos com nanotecnologia tem aumentado a cada mês. "Como alguns deles precisam de receita médica, tem paciente que marca consulta só para pedir o creme. Está virando uma mania". [Interessante este detalhe: cosmético precisando de receita médica... portanto, pode ocorrer efeitos médicos colaterais, óbvio...]. O Boticário lançou neste ano o Nanopeeling Renovador (kit de esfoliação) e o Nanoserum (anti-sinais) no ano passado. Já a Natura lançou, em março, as Brumas de Leite Hidratante, que supostamente hidratam por 24 horas, tendo rápida absorção graças à nanotecnologia. Nesta semana, a Natura colocou à venda o Spray Corporal Refrescante, para o público masculino. Já a Galena Farmacêutica lançou, em maio, o X-Solve para melhorar as celulites e estrias em 30 minutos após a aplicação. Este e outros produtos desta empresa costumam estar à venda em farmácias de manipulação, mas precisam de receita médica. Já o laboratório Ada Tina tem o Corrige Lines, que promete tratamento instantâneo das rugas.
Israel Feferman, diretor de pesquisa e desenvolvimento de O Boticário, afirma que não há o que temer com substâncias toleradas pelo organismo. "Temos protocolos de testes que mostram que não há riscos. As partículas não chegam à corrente sangüínea e, em uma hipótese mínima disso acontecer com nossos produtos, usamos apenas componentes naturais, e não farmacêuticos, que são aceitos pelos nossos organismos".
Jean Luc Gestezi, cientista da Natura, explica que o tamanho de partícula utilizado pela empresa (de 150 nanometros) é seguro. "Ele é grande o suficiente para não causar efeitos colaterais indesejáveis ou adversos", afirma. [Obs: Nisso o Jean Luc pode ter razão; aumentando o tamanho das partículas nanométricas, elas podem ser barradas, pelas nossas células, para não entrarem livremente para o interior das mesmas].
O nanomundo de cada dia
Este é o título da reportagem da Revista Época [2]. Nela informa-se que a revolução da nanotecnologia vai afetar tudo em sua vida, como medicina, beleza, tecnologia, roupas, alimentos, etc. Por exemplo, na cozinha a Samsung lançou o refrigerador Silver Nano, que cria um ambiente protegido contra bactérias e fungos, com as paredes internas e as portas revestidas de nanopartículas de prata. Quando o ar circula dentro dessa geladeira, as nanopartículas penetram nas células dos microorganismos e eles morrem. Os odores desagradáveis também são evitados. Essa tecnologia acaba com 80% das bactérias em uma hora e 99,9% após 24 horas.
Já as escovas de cabelo profissionais Vertix têm cerdas de náilon enriquecidas com íons de prata, que torna o produto mais resistente e com ação antibactericida.
Note sempre a relação de nanopartículas com a morte (de microorganismos).
Referências:
[1] Silvana Guaiume, "Novos Caminhos: Camada Profunda", Revista Metrópole do jornal Correio Popular, Campinas-SP, 8.julho.2007.
[2] Cristiane Segatto, "O nanomundo de cada dia", Revista Época, n. 397, pp. 26-31, 26.12.05.
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