terça-feira, novembro 27, 2007

 

As Potencialidades do Hélio-3


Reproduzo abaixo algumas informações divulgadas pelo Dr. Gerald Kulcinski, do Nuclear Fusion Institute da University of Winsconsin - USA, presentes no vídeo [1] referenciado abaixo.

O melhor elemento químico para ser usado em reação de fusão é o Hélio-3 (este é um elemento leve, oposto ao urânio usado nos reatores nucleares atuais de fissão, que é um elemento pesado). Na fusão de dois átomos de He-3 gera-se energia, sem a formação de qualquer lixo radioativo. No entanto, a Terra é muito pobre em He-3, mas o Sol é abundante nesse elemento e o expele constantemente na forma de "vento solar". Este vento solar possui partículas carregadas eletricamente, o que leva à deflexão das partículas de He-3 (presentes nesse vento solar) dos corpos celestes solares que possuem campo magnético, como a Terra. Também esse vento solar é absorvido na atmosfera dos corpos celestes que têm atmosfera, como a Terra. Fazendo uma análise de todos os corpos celestes do sistema solar, o único corpo celeste que recebe, sem impedimento, o vento solar é a nossa Lua. Portanto, o He-3 tem sido depositado na superfície lunar por milhões de anos e a superfície de nosso satélite é muito rica em hélio-3 (como pôde ser constatado pelo exame das rochas lunares trazidas para a Terra durante o Projeto Apolo). A extração dele pode ser feita facilmente, aquecendo-se o material do solo lunar acima de 600 graus Celsius. Posteriormente, ele poderia ser liqüefeito e transportado para a Terra (alguns estudiosos garantem que a raça humana já está minerando, há anos, He-3 na Lua). A quantidade de hélio-3 na Lua pode fornecer energia elétrica para a Terra por milhares de anos, via reatores de fusão usando este elemento. Uma ou duas viagens Lua-Terra (via nave espacial) poderia fornecer toda a energia elétrica consumida por ano nos EUA.

Pode-se usar o He-3 nos processos de fusão para diminuir o tempo de vida de todo o lixo radioativo produzido pela humanidade e, portanto, eliminar todo o problema de poluição radioativa do planeta.

Já existe um reator estacionário de fusão em operação na University of Winsconsin, usando deutério (isótopo do hidrogênio) e hélio-3, produzindo uma potência contínua de 1 mW, algo muito pequeno. Porém, em compensação, esse dispositivo é muito pequeno e muito barato.

Referência:
[1] http://one.revver.com/watch/458826/nuclear-fusion-helium-3/

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