segunda-feira, julho 28, 2008

 

O Colesterol - 2


É importante lembrar que o colesterol encontra-se apenas no reino animal. Portanto, não se justifica colocar em destaque o rótulo "sem colesterol" ou "0% de colesterol" em inúmeros produtos vegetais, como óleos vegetais, sucos e azeites [1].

Sabemos que um ovo contém entre 213 e 220 mg de colesterol. Como existe uma recomendação da Associação Americana de Cardiologia para limitar a ingestão de colesterol em 300 mg diários, no máximo, o ovo acabou sendo considerado perigoso, ou melhor, acabou ganhando o título de "o grande vilão".

Estudo científico publicado em 1994 na revistá médica The Lancet, em sua edição de número 344, mostrou que 70% da placa que entope as artérias são formados por gorduras vegetais, e que o colesterol, na maioria das vezes, participa como um verdadeiro antiinflamatório e antioxidante, não podendo ser considerado o único culpado.

Naturalmente, todos os excessos são prejudiciais e com o colesterol não é diferente; mas o problema acontece quando ele está oxidado, ou seja, rançoso. Em outras palavras, o simples fato de uma pessoa encontrar-se no local do crime significa apenas que ela é suspeita e, não, culpada.

Quando se dosa o colesterol no sangue, menos de 20% são provenientes de gorduras ingeridas e mais de 80% dependem de fatores genéticos, ou seja, são produzidos pelo próprio organismo. O nosso organismo produz aproximadamente 3.000 mg de colesterol todos os dias. Diante disso, os 213 mg de um ovo não devem preocupar ninguém!

Referência:
[1] Sérgio Puppin, Ovo, O Mito do Colesterol, Editora Rio, Rio de Janeiro, 2004.

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