quinta-feira, julho 16, 2009
O Último Suspiro - 3
Já analisamos os dados diários de falecimentos e dados climáticos (temperatura máxima diária, precipitação e poluição) referentes a todos os meses de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008, na cidade de Campinas-SP. Podemos tirar algumas conclusões:
1. Em todos esses 84 meses, sem exceção, sempre morreram mais pessoas do sexo masculino do que do sexo feminino, em cada mês analisado. Eis a média mensal do excesso de falecimentos masculino sobre o feminino nesses anos analisados:
2002: 65,08/mês
2003: 64,92/mês
2004: 50,42/mês
2005: 62,2/mês
2006: 49,0/mês [significado: na média, em cada mês de 2006, faleceram 49 homens a mais que os falecimentos femininos]
2007: 52,7/mês
2008: 53,8/mês
2. Em geral, a cada ano que passa, aumenta o número médio de mortes mensais desse ano:
2002: 387,7 falecimentos/mês, em média.
2003: 389,1 falecimentos/mês, em média.
2004: 405,4 falecimentos/mês, em média.
2005: 412,0 falecimentos/mês, em média.
2006: 390,5 falecimentos/mês, em média.
2007: 426,0 falecimentos/mês, em média (aumento de 9,1% sobre ano anterior)
2008: 445,5 falecimentos/mês, em média (aumento de 4,6% sobre ano anterior)
2009: 464,3 falecimentos/mês, na média dos 6 primeiros meses (aumento de 4,2% sobre ano anterior)
Existem duas possíveis explicações para esse comportamento: aumento natural da população ou degradação das condições ambientais. No entanto, não acredito que a população da cidade de Campinas tenha aumentado na mesma percentagem do aumento médio de falecimentos. Portanto, sobra a hipótese de degradação das condições ambientais.
3. Apesar de todo o alarde recente com relação ao aquecimento global, parece que estamos entrando, nos últimos anos, numa nova era glacial. Veja o valor da temperatura máxima média anual desses anos analisados:
2002: 29,08 graus Celsius
2003: 28,56 graus Celsius
2004: 27,77 graus Celsius
2005: 28,77 graus Celsius
2006: 28,25 graus Celsius
2007: 27,97 graus Celsius
2008: 27,53 graus Celsius
4. A poluição do ar é medida, no centro da cidade de Campinas, pela CETESB. Veja os índices médios mensais de poluição, da CETESB, disponíveis para os anos analisados:
2003: 36,48
2004: 32,14
2005: 28,69
2006: 36,01
2007: 36,80
2008: 34,47*
5. A precipitação de chuva é medida por uma estação meteorológica sediada na Unicamp. Veja os valores médios mensais dos anos analisados:
2002: 3,37 mm/mês
2003: 3,27 mm/mês
2004: 4,17 mm/mês
2005: 4,32 mm/mês
2006: 4,50 mm/mês
2007: 4,77 mm/mês
2008: 4,67 mm/mês*
Comparando-se essas taxas de precipitação pluviométrica com os índices de poluição atmosférica (apresentados no item 4) pode-se concluir que, em geral, as chuvas aumentam quando aumenta a poluição. Chuva seria, portanto, um mecanismo natural que ocorre para baixar a poluição atmosférica.
6. Já tiramos outras conclusões, mas iremos apresentá-las posteriormente, quando tivermos computado os valores numéricos associados a essas características.
* Talvez estes valores mais reduzidos já reflitam uma consequência (benéfica, neste caso) do desaquecimento econômico que afetou o Brasil em 2008.
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