domingo, novembro 07, 2010
Prejuízos do Telefone Celular
Hoje, no Jornal Folha de S. Paulo [1], saiu uma interessante entrevista com a cientista epidemiologista Devra Davis, 64 anos, com o título "Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?". Recomendo a todos que procurem ler esta entrevista, para ficar mais ciente dos perigos do uso constante do telefone celular. Reproduzo abaixo um outro artigo que saiu na mesma página da entrevista citada acima.
Pesquisa liga proximidade da antena a maior risco de câncer
Quem vive a até 100 metros de antena de celular tem 33% mais risco de morrer de câncer do que a população geral, diz pesquisa efetuada na Universidade Federal de Minas Gerais.
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52 anos, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com as áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas rádio-base de celulares.
Ela elegeu, para pesquisa, os tumores já associados a esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi significativamente maior. "O celular você pode desligar, mas a antena não".
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo feito não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas".
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor sênior de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança, para simular efeitos da radiação de celulares.
Ele explica que as ondas eletromagnéticas envolvidas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e, também, efeitos não-térmicos. Esses efeitos podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do nosso DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rapidamente.
O Prof. Dr. Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão telefônica é absorvida pela nossa cabeça.
Para esse engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando muito. São 5 bilhões de usuários de celulares. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados".
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52 anos, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com as áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas rádio-base de celulares.
Ela elegeu, para pesquisa, os tumores já associados a esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi significativamente maior. "O celular você pode desligar, mas a antena não".
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo feito não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas".
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor sênior de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança, para simular efeitos da radiação de celulares.
Ele explica que as ondas eletromagnéticas envolvidas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e, também, efeitos não-térmicos. Esses efeitos podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do nosso DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rapidamente.
O Prof. Dr. Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão telefônica é absorvida pela nossa cabeça.
Para esse engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando muito. São 5 bilhões de usuários de celulares. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados".
Referência:
[1] Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C7, 7 de novembro de 2010.
Marcadores: antenas, câncer, celular, radiação, telefone celular, tumores