quinta-feira, agosto 24, 2017

 

O Grande Engano: A Bíblia não é um Livro Sagrado !


Abaixo vão algumas informações apresentadas neste livro [1] de Mauro Biglino.

A divindade, entendida na sua acepção espiritual, não está presente no Antigo Testamento. Concretamente, na Bíblia não está o Deus verdadeiro, nem qualquer culto que Lhe seja dedicado. É por essa razão que o título deste livro afirma que a Bíblia não é um livro sagrado. Ela conta apenas a história de um povo e de seu governante, um Elohim em particular. Mas, ao longo dos séculos, a Bíblia foi sendo modificada para se adaptar aos novos tempos. Portanto, temos sido vítimas de um grande engano.

Alguns temas abordados no livro:
1. Temos apenas uma das muitas bíblias possíveis.
2. Nada sabemos sobre quem a escreveu nem quando.
3. A verdadeira natureza da Árvore da Vida nos tem sido escondida.
4. Somos OGM = organismos geneticamente modificados.
5. O Deus apresentado na bíblia cansa-se, suja-se e tem fome.
6. Há 11 livros bíblicos que estão oficialmente desaparecidos.
7. A criação do Homem, entendida como ato divino, é falsa.
8. O Pecado Original é apenas uma fábula.
9. O Deus bíblico não é o pai de Jesus.
10. Para que e como se constrói uma religião?

Na Bíblia, há a obediência temerosa, direcionada a um indivíduo que se chama Yahweh (Jeová), que pertence ao grupo dos Elohim, seres de carne e osso como nós e que nunca são definidos como "deuses", em termos espirituais. 

O Livro do Eclesiastes afirma com uma clareza que não deixa espaço a dúvidas que o homem nada tem a mais (alma ou espírito) em relação aos animais e que, depois da morte, homem e animais vão para o mesmo lugar (3:19-20). 

A "tradição" é certeza de manipulação. É justamente a "tradição" que tem que ser questionada, porque modificou artificialmente o pensamento dos antigos autores bíblicos, que não tinham finalidades teológicas: pretendiam simplesmente narrar a lembrança dos acontecimentos relacionados com a origem do seu povo. A chamada "tradição" produziu variações na bíblia com o objetivo de esconder intencionalmente a multiplicidade dos Elohim, "o Deus único hipotético da tradição", para poder introduzir a ideologia monoteísta que não está presente, absolutamente, nos textos mais antigos.

O atual Dalai Lama diz que "toda a forma de religião nasce com o objetivo de dar uma resposta à mãe de todas as agonias: o medo da morte". 

A Bíblia não fala de Deus e não é um livro de religião. A Bíblia narra a história do relacionamento entre o colonizador/governador chamado Yahweh e um grupo de pessoas que ele transformou num povo, dando-lhes uma identidade. A Bíblia, quando narra os acontecimentos históricos mais distantes, é um livro de crônica, que descreve as origens da Humanidade, a produção de um grupo étnico especial e os subsequentes acontecimentos vividos por um povo que estabeleceu um relacionamento/aliança com um dos Elohim, aquele que é conhecido pelo nome de Yahweh. Este indivíduo, longe de ser o Deus espiritual, transcendente, criador do céu e da terra, era de carne e osso, pertencia a um grupo de colonizadores/governadores/vigilantes, que a Bíblia refere pelo nome de Elohim. Nas bíblias que temos em casa encontramos o termo "Deus" (singular) como equivalente ao vocábulo Elohim (plural), se surge no texto hebraico. Quando, nas nossas bíblias, encontramos os termos "Senhor" ou "Eterno", em hebraico está escrito Yahweh. Não é por acaso que a Igreja romana quer deixar este termo cair em desuso.

Elyon (também um Elohim) distribuía entre as nações as suas próprias atribuições (heranças, em Dt. 32:8 e seg.). Yahweh recebeu de Elyon uma parte que não era muito importante. Elyon é um termo hebraico que nas bíblias é traduzido como "Altíssimo", mas que significa literalmente "Aquele que está em cima" e é usado para indicar que se encontra numa posição elevada em relação aos outros. Elyon era o comandante dos Elohim e, como tal, definia os confins dos povos, atribuindo os territórios às várias nações.

[continua]

Referência:
[1] Mauro Biglino, A Bíblia não é um Livro Sagrado - O Grande Engano, Misty Forest/Livros Horizonte, 2016. ISBN: 978-972-24-1835-5.

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