segunda-feira, agosto 14, 2017

 

O Massacre de Jonestown [Guiana]


"Aqueles que não lembram corretamente do passado estão condenados a repetí-lo"

Em 18 de novembro de 1978, uma tragédia ocorreu na nação sul-americana da Guiana [1]. Mais de 900 homens, mulheres e crianças foram misteriosamente assassinadas em uma comunidade religiosa isolada, conhecida como o "Templo do Povo" ("Jonestown"). Uma grande cuba de bebida contendo veneno foi encontrada no local, levando a uma hipótese inicial que as mortes fossem causadas por suicídio. Os corpos das vítimas foram encontrados lado-a-lado em filas bem feitas, como se as pessoas tivessem bebido o veneno e então tivessem deitado juntas e morrido. No entanto, quando as autópsias foram feitas nas vítimas, descobriu-se que 700 das 900 pessoas tinham morrido por tiro e por estrangulamento. Elas não tinham cometido suicídio: elas foram brutalmente assassinadas em massa. É muito provável que aquelas que tomaram o veneno ou fizeram isso involuntariamente ou não sabiam o que estavam bebendo. As únicas pessoas que escaparam da tragédia foram aquelas que não estavam presentes quando as 900 vítimas foram executadas. A pergunta é: quem assassinou os habitantes de Jonestown?

O deputado norte-americano Leo Ryan viajou à Guiana para investigar Jonestown pessoalmente após ele não conseguir obter informações adequadas sobre essa comunidade do Departamento de Estado dos EUA. Leo Ryan não viveu (foi assassinado lá na Guiana) para contar o que ele descobriu e praticamente todos os homens, mulheres e crianças envolvidos foram silenciados. O massacre ocorreu durante a época em que os jornais americanos contavam estórias sobre experimentos de controle mental pela CIA - experimentos que a CIA afirmava que ela não mais realizava. Será que a CIA esteve envolvida nesses assassinatos? 

Veja abaixo o que o finado Peter D. Beter [2], muito entrosado com fontes de inteligência, tem a dizer sobre esse assunto.

O deputado Leo J. Ryan foi assassinado na Guiana cerca de uma semana atrás e seu funeral ocorreu  há dois dias atrás. O deputado Ryan foi deliberadamente sacrificado para lançar uma operação militar secreta na Guiana. Na Rússia, a facção original governante após 1917, os bolchevistas ateístas, foram depostos após uma batalha progressiva de seis décadas (concluída, portanto, em 1977). O Kremlin está agora sob o controle absoluto de um grupo firme de russos nativos, uma seita cristã que considera os bolchevistas como o diabo encarnado. Como resultado, os bolchevistas estão sendo expulsos da Rússia e eles estão vindo principalmente para os Estados Unidos. Eles estão se juntando como muitos bolchevistas já em posições de poder por aqui em uma sofisticada nova revolução bolchevista! Neste processo, eles estão gradualmente esvaziando muito do poder que era anteriormente exercido pelos seus aliados secretos, a terceira geração dos irmãos Rockefeller.

Desde 1974, a Rússia passou a ter uma base de mísseis nucleares na Guiana, tornando a República da Guiana em outra Cuba, com mísseis atômicos apontados para o Canal do Panamá e para cidades dos Estados Unidos. A tragédia de Jonestown começou cerca de 13 anos atrás, em 1965. A Guiana era um país recentemente independente, uma antiga colônia britânica chamada Guiana Inglesa. Naquela época a aliança secreta Rockefeller-União Soviética estava em funcionamento pleno: o fortalecimento deliberado da Rússia às custas dos EUA era parte do plano conjunto de conquista e de um Governo Mundial. A crise dos mísseis de Cuba, em 1962, atrapalhou um pouco esse plano, quando o presidente John F. Kennedy fez uma intervenção pessoal e parou o armamento nuclear de Cuba, e por fazer isso, ele foi assassinado em Dallas cerca de um ano depois disso (1963). Com a crise cubana, a Rússia precisava de uma nova base avançada na área do Caribe com objetivos estratégicos até que a agitação em Cuba esvanecesse. Para acomodar a Rússia, a Guiana foi selecionada para esse propósito, e para isso David Rockefeller colocou um marxista chamado Forbes Burnham como primeiro-ministro da Guiana. Como contrapartida, o Banco Chase Manhattan tornou-se o agente fiscal da Guiana, dando a Rockefeller acesso ao ouro produzido na Guiana. Em seguida, o presidente Lyndon Johnson, em 1965, transferiu a base aérea americana Atkinson Field para a Guiana, agora rebatizada de Base Aérea Temehri, ao sul de Georgetown, a capital do país. Esta é a base aérea para a qual os helicópteros americanos levaram os corpos do massacre de Jonestown para serem aerotransportados para os EUA neste mês. A Base Aérea de Temehri é a maior em toda a América Latina, maior até do que o maior aeroporto da cidade de Nova York, o Aeroporto John F. Kennedy. 

Inicialmente, a atividade militar russa estava bem concentrada em torno da Base Temehri. No entanto, nos últimos dois anos, os mísseis foram retirados desses locais e levados para um complexo separado de mísseis a oeste de Georgetown. Neste novo complexo, os mísseis foram instalados em locais separados por uma área de 30 milhas de diâmetro. Aproximadamente em seu centro ficou uma instalação de Comando e Controle comandado por pessoal russo. Após a relocação desta base de mísseis estar completa, o complexo de mísseis ficou centrado em um ponto cerca de 70 milhas ao noroeste de Base Aérea de Temehri; e cerca de outras 70 milhas adicionais ao noroeste ficava a comunidade do Templo do Povo em Jonestown, um kibbutz do tipo comum em Israel. Logo, a base de mísseis acabou ficando no meio do caminho entre a comunidade de Jonestown e a Base Aérea de Temehri. Não foi acidente que o kibbutz do Templo do Povo ficasse localizado tão próximo à base de mísseis. Mas, a origem do Templo do Povo, nos anos 1950, não tinha nada a ver com as intrigas governamentais. Foi apenas em 1970 que certos elementos da comunidade de inteligência dos EUA começaram a se infiltrar e subverter o Templo do Povo.

Sempre tem sido uma prática padrão dos irmãos Rockefellers dar suporte não apenas à facção no poder mas também a espiões e opositores a essa facção. Os Rockefellers desejavam esta ferramenta na Guiana para controlar Forbes Burnham, o primeiro ministro, que eles tinham colocado no poder com o seu dinheiro. Certos elementos dentro da comunidade de inteligência dos EUA, sob a coordenação geral da CIA, foram alocados para encontrar meios de conseguir isso. Durante a avaliação das várias opções, concluiu-se que o Templo do Povo seria a solução ideal. O perfil psicológico do lider, Jim Jones, indicava que ele poderia ser convertido em uma ferramenta poderosa de nossos Governantes Invisíveis. Jim Jones nasceu como judeu, e ele já exibia tendências a favor de uma organização no estilo kibbutz que poderia ser canalizada para direções úteis. Isso seria conseguido através de uma combinação de fatores conscientes e inconscientes. A nível consciente, dinheiro e suporte político poderoso seriam canalizados na sua direção; no nível inconsciente, a técnica de programação psicológica seria empregada. Gradualmente, Jim Jones perderia o controle de sua própria personalidade e tornar-se-ia o que nossos Controladores Invisíveis desejavam que ele se tornasse. O processo inevitavelmente criaria tremendos conflitos internos e transformaria Jim Jones em um homem perturbado e perigoso - e isso é o que foi feito. Em 1973 as mudanças no comportamento de Jones começaram a ser notadas pelos seus amigos e seguidores. Nesse mesmo ano um grande volume de fundos ao Templo do Povo foi usado para lançar o kibbutz de agricultura de Jonestown, Guiana, através de apenas algumas pessoas que foram para lá naquela ocasião. Guiana é um estado policial marxista rígido (isso em 1978), e ninguém poderia ter lançado um novo empreendimento como essa comunidade sem sua aprovação por Forbes Burnham; mas os agentes  de David Rockeffeler se certificaram que Burnham recebesse todas as garantias que ele necessitava para que o complexo de Jones iria se encaixar muito bem no ambiente marxista da Guiana.

 Os planejadores da Operação Guiana tiveram um problema difícil para resolver. O objetivo era eliminar a base russa de mísseis  na Guiana e desta forma remover a ameaça existente para o Canal do Panamá e para as cidades do sul dos EUA; mas esta era uma operação de guerra a ser feita secretamente e totalmente de surpresa. Tinha de ser secreta porque nem os EUA nem a Rússia podiam deixar saber que a base existia; e a surpresa deveria ser completa, já que qualquer pequena previsão de ataque, a base poderia ser reforçada e defendida por tropas cubanas. Com esses requerimentos, concluiu-se que uma incursão tipo comando era necessária, algo parecido com o assalto ao Aeroporto de Entebbe, na Uganda, em julho de 1976. Qualquer outro tipo de ataque iria requerer  que nossos líderes fizessem o que o Presidente Kennedy fez em 1962, que seria: Dizer ao povo norte-americano o que estava acontecendo e pedir o seu apoio. E, uma coisa que os Governantes Invisíveis estavam determinados a não fazer era contar qualquer coisa para você e eu. O problema então surgiu - como conseguir uma força de ataque conjunta na Guiana suficientemente forte e suficientemente rápida para cumprir a tarefa. Eliminar uma grande base de mísseis como aquela da Guiana não é uma tarefa pequena e requer experiência. Concluiu-se que, de alguma forma, uma desculpa súbita, premente e de grande impacto teria que ser provida para viabilizar uma força militar conjunta secreta para entrar na Guiana temporariamente. A desculpa, qualquer que fosse, teria que ser tão visível para amarrar as mãos da Rússia de tal forma que a Rússia não pudesse retaliar na Guiana sem entregar ao público o que ela estava fazendo por lá; e a desculpa, qualquer que fosse, teria que parecer algo não-militar, mas que requeresse uma experiência militar. Além disso, alguma provisão teria que ser feita para que todas as pessoas mortas no ataque à base de mísseis fossem removidas da Guiana após essa incursão, caso contrário essa presença na Guiana poderia ser usada como base de um incidente internacional baseado numa estória diferente, não relacionado com a base secreta de mísseis. Por exemplo, o governo da Guiana, seguindo orientação russa, poderia mostrar publicamente os corpos das forças militares conjuntas mortas no ataque e dizer que eles foram mortos numa tentativa de golpe de estado contra o governo Forbes Burnham.

[continua]

Referências:
[1] William Bramley, The Gods of Eden, Dahlin Family Press, 1990. ISBN: 0-380-71807-3.
[2] Peter David Beter, http://www.peterdavidbeter.com, Audioletter No. 40, November 30, 1978.

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