sexta-feira, junho 02, 2023

 

Em algum lugar do passado - 7


No início de 1.956, eu e meus pais fomos morar em uma grande ilha no litoral norte de Santa Catarina, na cidade de Saõ Francisco do Sul. Eis uma vista da parte central da cidade, a partir da Baia de Babitonga, com o Mercado Municipal à direita, junto ao mar, e as duas torres da igreja matriz ao centro:




Olhando-se um pouco mais à esquerda na foto acima, tem-se a seguinte vista:


Nessa foto, no prédio pintado de cor de rosa com sete portas grandes (e sete janelas grandes) em arco funcionava a Coletoria Federal da cidade (para arrecadação de impostos federais, instituição que não existe mais hoje em dia), onde meu pai trabalhava. Pergunta: Por que portas tão grandes? Nota: São Francisco do Sul é uma cidade muito antiga, passou a ser uma vila no ano de 1.660 e passou a ser uma cidade a partir de 1.847. Possui um porto muito ativo.

Na realidade, nossa casa de moradia ficava em uma pequena vila de pescadores do município,   chamada de  Ubatuba. Uma vista da praia de Ubatuba, olhando para o sul:


Ao fundo, próximo ao morro à esquerda fica o vilarejo chamado de Enseada. Na frente, temos "as pedras" que marcam o início da praia. Ficamos morando nesse local de 1.956 a 1.961.

Uma vista, olhando para "as pedras":


Na época em que lá morei, não existiam as residências e os coqueiros que aparecem na foto. Entre as pedras e o morro que aparece parcialmente atrás das pedras na foto acima, existe a praia de Itaguaçu, onde eu e meus pais constumávamos ir correr. Era comum os namorados irem "passear nas pedras" para terem momentos de intimidade. Para quem tivesse bom conhecimento do local (como eu) era possível ir da praia de Ubatuba para a de Itaguaçu caminhando apenas por cima dessas pedras.

No início de 1.956, ingressei no meu terceiro ano do curso Primário na Escola Mista Estadula de Ubatuba que ficava quase em frente da casa de madeira onde eu morava, uns 30 metros de distância. Em julho deste ano, durante as férias do meio do ano, escrevi uma carta para a minha ex-professora Martha Voss de Maceió. Fiquei muito contente quando recebi uma longa carta (4 páginas) dela como resposta:

Nessa carta ela contou muitas coisas, como: ela iria se casar no final do ano, iria deixar de ser professora para ser dona de casa e iria vender a escola para outra pessoa. Ainda me emociono hoje ao reler esta carta.

Eu fui sempre o primeiro ou segundo aluno da classe no terceiro e quarto ano do curso Primário:


Durante o período do Primário em Ubatuba, eu fiz amizade com um menino um ano mais velho do que eu. Seu nome: João Adolfo Goris (JAG). o "Joãozinho". Ele era filho dos proprietários (João Goris Júnior e Martha Goris, de origem alemã) do Hotel Ubatuba, o único hotel da região. Ele tinha a fama de ser um "cientista maluco", pois fazia coisas incomuns para meninos da sua idade. Ele tinha licença e operava uma estação de radio-amador [PY5-BCP, "Boi-da-Cara-Preta"], já tinha feito um curso prático por correspondência sobre circuitos eletrônicos (Curso Monitor), tirava fotos com uma câmara fotográfica, etc. Eis uma foto que ele tirou de nós, simulando que eu estava trapaceando durante um jogo de xadrez:

Mais fotos tiradas pelo Joãozinho:
1. Eu com Joãozinho, nas Pedras
2. Eu com Lulu (cachorro do JAG), nas Pedras
3. Amigas do JAG, nas Pedras
4. Atrás do Hotel Ubatuba havia uma grande área alagada, o "Banhado". "Colonizamos" uma das ilhas do Banhado, que batizamos de Itasena. A foto é desta ilha, após concluírmos o muro de bambú nela.


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