quarta-feira, julho 29, 2009

 

A Energia Ancestral

"A vida só vem da vida, e da morte só vem morte", Jesus Cristo

Na antiga tradição chinesa existe o conceito de energia ancestral (ou energia pré-natal). Essa é uma energia genética doada por nossos pais e que trazemos conosco ao nascer. É ela que nos sustenta a vida no corpo físico. Durante nossa vida encarnada não conseguimos aumentar o montante desta energia, conseguimos apenas preservar ou dissipar essa energia ancestral. Quando acaba essa energia, desencarnamos. Portanto, é importante, para preservarmos nossa saúde e aumentarmos nossa longevidade, saber quais os mecanismos que preservam e aqueles que dissipam essa energia que não pode ser reposta.

A atividade sexual está estreitamente vinculada à energia ancestral, pois relaciona-se diretamente com a geração de nossa vida encarnada. Esta atividade pode ser praticada com a preservação ou com a dissipação da nossa energia ancestral. Quando o homem ejacula e a mulher atinge o orgasmo durante o ato sexual (coito), dissipa-se parte dessa energia. Se os parceiros do sexo praticam a alquimia (magia, transmutação) sexual há a preservação da energia ancestral. A mulher, quando tem filhos, perde parte de sua energia ancestral, repassando-a para os filhos. É por este fato que as mulheres, após tornarem-se mães, costumam priorizar mais a vida dos filhos do que a vida do marido.

Outro mecanismo extremamente dissipador de nossa energia ancestral é a nossa alimentação diária. Vamos, inicialmente, focar sobre a nossa alimentação física bucal. A frase de abertura desta postagem, atribuída a Jesus Cristo, foi dita no contexto da alimentação bucal. Vou repetir, novamente, esse contexto, que já explicitei anteriormente em postagens anteriores. Um grupo de pessoas doentes foi pedir auxílio a Jesus para recuperar a saúde. Jesus disse a eles que, para isso, eles precisavam seguir rigorosamente apenas um dos Dez Mandamentos: "Não matarás!", com o sentido de "Não matarás o seu corpo físico" ou "Não cometerás suicídio". Infelizmente, todos nós estamos matando nosso corpo físico, nos suicidando, diariamente. Prosseguindo em sua explicação, Jesus explicou aos doentes que dentro deste mandamento está implícito: "Não matarás o alimento que levares à boca" . O doente disse não saber o que é "matar o alimento". Jesus explicou: não passar o seu alimento por uma temperatura acima da temperatura do seu corpo, "porque no seu corpo arde o fogo da vida, e no seu fogão arde o fogo da morte. E a vida (e a saúde) só vem da vida, e da morte só vem (doenças e) morte". Portanto, comer comida morta (cozida) três vezes por dia acaba nos levando para o cemitério, exaurindo nossa energia ancestral.

Após 2.000 anos, existe agora uma justificativa científica para essa recomendação térmica de Jesus. Todos os alimentos crus possuem armazenados no seu interior uma substância chamada enzima. Todo alimento que ingerimos pela boca e que chega ao estômago, precisa de enzima (digestiva) para sair do estômago (ser digerida). Ocorre, no entanto, que todas as enzimas são muito sensíveis à temperatura a que são expostas: o aumento excessivo da temperatura (como aquela da panela colocada no fogão) extermina completamente as enzimas armazenadas nesses alimentos, e acabamos, portanto, ingerindo apenas bagaços desvitalizados. Quando essa comida cozida (sem enzimas, desvitalizada) chega ao estômago, ela continua precisando de enzimas para sair do estômago para os intestinos. Como não existem enzimas na comida cozida ingerida, o nosso corpo terá que fornecer essas enzimas (que podemos identificar como "força vital"), lançando mão de nosso reservatório genético de energia ancestral, dissipando-a. Só assim o alimento morto presente no estômago irá conseguir deixar o estômago. Após algumas dezenas de anos com a prática diária desta dissipação, nosso estoque genético de energia ancestral (vital) será zerado e nós morremos.

É importante salientar que temos outros tipos de alimentação, além daquela bucal. Temos a alimentação emocional e a alimentação mental, que podem ser fontes de dissipação de nossa energia ancestral, podendo, portanto, encurtar nossa existência encarnada. A alimentação emocional adequada, preservadora de nossa energia ancestral, pode ser, por exemplo, ouvir boas músicas, praticar meditação, exercer atividades artísticas prazeirosas (tocar algum instrumento musical, pintar um belo quadro, etc). A alimentação mental adequada consiste em cultivar bons pensamentos. Cabe aqui lembrar o encadeamento automático de eventos:

1. Com o livre-arbítrio escolhemos o pensamento que vamos pensar;
2. Pensamos, durante certo tempo, sobre aquele tema que escolhemos pensar;
3. Após algum tempo, surge uma emoção associada ao pensamento escolhido e pensado;
4. Após o surgimento da emoção, há a somatização física dessa emoção.

No caso de um homem é fácil identificar esta sequência: se um homem escolhe, com seu livre-arbítrio, pensar sobre uma cena erótica durante um certo tempo, surge em seu interior uma emoção correspondente a isso e, em seguida, ocorre a somatização de um pênis ereto.

Na manhã do dia em que minha mãe morreu, ela comentou com meu pai que durante a noite ela tinha recebido auditivamente um aviso: "Acabou (a sua energia ancestral)". Morreu lúcida e sem sentir dores, na minha presença e de meu pai, poucas horas depois...

A tradição chinesa também identificou o local do nosso corpo onde está armazenada esta nossa energia ancestral, que algumas vezes pode ser acionado via acupuntura. É um ponto situado entre os nossos dois rins. Existem outros dois pontos, que não se confundem com este: um é o nosso "sol interno" (a divindade dentro de nós), conhecido como átomo Nous (ou átomo permanente) situado no lado esquerdo do coração; o outro, são os chakras dos joelhos, que armazena a maior parte das memórias de nossas vidas encarnadas anteriores, segundo a Gnose.

Obviamente, a energia ancestral não se confunde com a energia chi (dos chineses), ki (dos japoneses) ou prana (dos indianos), que podemos captar do ar, dos alimentos, etc.

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