quarta-feira, agosto 26, 2009
Bodhidharma e o Imperador Chinês
"Não espere recompensa pelos seus atos; seus atos já são a recompensa"
Bodhidharma nasceu na Índia, cerca de mil anos depois de Gautama Buda, seu mestre. Ele era filho do rei de Pallavas, no sul da Índia. Bodhidharma renunciou ao reino, dizendo ao seu pai: "Se não és capaz de me salvar da morte, por favor não me impeças de fazê-lo. Deixa-me ir em busca de algo que está além da morte". Seu pai consentiu e Bodhidharma foi iniciado por uma mulher iluminada chamada Pragyatara, e também se iluminou. Em seguida, foi para a China e o imperador chinês Wu foi recebê-lo, pois sua fama o antecedera naquele país.
A primeira pergunta do imperador Wu a Bodhidharma foi: "Mandei contruir milhares de mosteiros, alimentei milhares de eruditos, abri uma universidade dedicada aos estudos de Gautama Buda, pus todo o meu império e seus tesouros a seu serviço. Qual será a minha recompensa?". Bodhidharma respondeu: "Nada, não terás recompensa alguma. Pelo contrário, prepare-se para cair no sétimo inferno!".
E o imperador: "Mas não fiz nada errado! Por que o sétimo inferno? Tenho feito tudo que os monges budistas me mandam fazer".
Bodhidharma disse: "A menos que comece a ouvir sua própria voz interior, ninguém poderá ajudá-lo, seja budista ou não. E você ainda não ouviu a sua voz interior. Se a tivesse ouvido, não teria feito uma pergunta tão tola. No caminho de Gautama Buda não há recompensas, pois o simples desejo de recompensa é coisa de uma mente gananciosa. Todo o ensinamento de Gautama Buda consiste na ausência de desejo, e se você está fazendo todas essas supostas coisas virtuosas, construindo templos e mosteiros e alimentando milhares de monges, com um desejo em mente, você está abrindo caminho para o inferno. Se está fazendo essas coisas com alegria, para compartilhá-la com todo o império, sem nenhum desejo de recompensa, o próprio ato praticado é, em si, uma recompensa. De outra forma, não terá entendido nada".
Fonte: Osho, Encontro com Pessoas Notáveis, Editora Academia de Inteligência, São Paulo-SP, Brasil, 2009.
Bodhidharma nasceu na Índia, cerca de mil anos depois de Gautama Buda, seu mestre. Ele era filho do rei de Pallavas, no sul da Índia. Bodhidharma renunciou ao reino, dizendo ao seu pai: "Se não és capaz de me salvar da morte, por favor não me impeças de fazê-lo. Deixa-me ir em busca de algo que está além da morte". Seu pai consentiu e Bodhidharma foi iniciado por uma mulher iluminada chamada Pragyatara, e também se iluminou. Em seguida, foi para a China e o imperador chinês Wu foi recebê-lo, pois sua fama o antecedera naquele país.
A primeira pergunta do imperador Wu a Bodhidharma foi: "Mandei contruir milhares de mosteiros, alimentei milhares de eruditos, abri uma universidade dedicada aos estudos de Gautama Buda, pus todo o meu império e seus tesouros a seu serviço. Qual será a minha recompensa?". Bodhidharma respondeu: "Nada, não terás recompensa alguma. Pelo contrário, prepare-se para cair no sétimo inferno!".
E o imperador: "Mas não fiz nada errado! Por que o sétimo inferno? Tenho feito tudo que os monges budistas me mandam fazer".
Bodhidharma disse: "A menos que comece a ouvir sua própria voz interior, ninguém poderá ajudá-lo, seja budista ou não. E você ainda não ouviu a sua voz interior. Se a tivesse ouvido, não teria feito uma pergunta tão tola. No caminho de Gautama Buda não há recompensas, pois o simples desejo de recompensa é coisa de uma mente gananciosa. Todo o ensinamento de Gautama Buda consiste na ausência de desejo, e se você está fazendo todas essas supostas coisas virtuosas, construindo templos e mosteiros e alimentando milhares de monges, com um desejo em mente, você está abrindo caminho para o inferno. Se está fazendo essas coisas com alegria, para compartilhá-la com todo o império, sem nenhum desejo de recompensa, o próprio ato praticado é, em si, uma recompensa. De outra forma, não terá entendido nada".
Fonte: Osho, Encontro com Pessoas Notáveis, Editora Academia de Inteligência, São Paulo-SP, Brasil, 2009.
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