terça-feira, outubro 12, 2010

 

Meditações do Osho - 38


A oração é a base da religião, e é a oração realizada que se torna a experiência da existência. A semente da oração é a gratidão. Sinta-se grato, porque a dádiva da existência é muito grande e jorra constantemente sobre você. Mas nós a subestimamos. Essa é uma das atitudes mais estúpidas de um ser humano, mas a mente a vive tomando; a mente subestima a dádiva.

O sol nasce, o alvorecer tem uma beleza tremenda, mas a mente diz: "E daí? Isso acontece todo dia. É só mais um amanhecer, como todos os outros". O leste todo fica vermelho com o sol nascente, as nuvens se enchem de cor, mas a mente diz: "E daí? Não é novidade nenhuma. Milhões de vezes isso já aconteceu e milhões de vezes vai acontecer novamente".

Se esse é o modo de ver as coisas, se é assim que a mente olha para as coisas, ela se torna insensível - à beleza, à música, à poesia, ao amor, a tudo que tem valor. E obviamente você vive na escuridão, na feiúra. É criação sua.

Comece a se sentir grato. Desenvolva o senso da apreciação. Louve a existência pelo que ela já fez e muito mais vai acontecer a você. Quanto mais você louvar, mais se tornará capaz de ver, mas perceptivo você será. Uma pessoa que ora se torna tão perceptiva que vê a existência em todo lugar, encontra sua marca em todo lugar: escrituras no silêncio, sermões nas pedras.

Fonte: Osho, Meditações para a Noite, Verus Editora, Campinas-SP, 2006.

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