sábado, dezembro 25, 2010

 

Eles Continuam entre Nós - 2

"A vida só vem da vida, e da morte só vem morte", Jesus Cristo.

O nosso espírito é eterno, a morte do corpo físico não é o fim. Somos viajantes do cosmos desde que fomos criados à semelhança de Deus. Ao nascermos na Terra, recebemos o corpo de carne, que nos possibilita interagirmos neste planeta, onde estagiamos por tempo determinado, com a finalidade de desenvolvermos nossos potenciais e nos integrarmos às leis cósmicas que regem a vida.

Somos livres para escolher, mas obrigados a colher os resultados das nossas escolhas. Assim, cada um é responsável por tudo quanto lhe acontece. Através de erros e acertos, vamos amadurecendo, evoluindo.

Não dá para avaliar o tempo que cada um vai despender nesse processo, que poderá alongar-se por séculos, conforme a resistência e o ritmo próprio de cada um. Por esse motivo, reencarnamos várias vezes neste mundo físico, só deixando de fazê-lo quando tivermos aprendido tudo o que esta dimensão pode nos oferecer.

Como a evolução é infinita, quem não precisa mais estagiar na Terra, passa a viver em outras dimensões do universo, continuando sua trajetória evolutiva em busca do conhecimento e da harmonia interior.

Tudo isso foi sendo revelado desde o começo de nossa civilização, por meio de profetas que nasceram aqui para ajudar o progresso. Alguns deles eram espíritos elevados em missão de esclarecimento, mas muitos foram expurgados do planeta onde residiam, por terem resistido ao progresso. Desenvolveram o intelecto, a inteligência, mas não os sentimentos, e estavam prejudicando aquela sociedade em que viviam, em que a maioria já havia conquistado o direito a uma vida melhor.

A vida, em sua sabedoria, os tirou do meio mais evoluído a que estavam habituados, onde a tecnologia criou facilidades e bem-estar, fazendo-os reencarnar em um planeta, cuja sociedade estava em estágio primitivo, para que houvesse uma troca salutar entre si.

Ao reencarnar, o espírito esquece suas vidas passadas, mas todas as suas experiências pretéritas continuam gravadas em seu inconsciente.

Dá para imaginar o que sentirá um espírito habituado à luz elétrica, ao transporte moderno, aos recursos de saúde, à presença de pessoas de sentimentos elevados, tendo de viver entre um povo bárbaro, malvado, ignorante? Ter de enfrentar as intempéries, a falta de conforto, guardando dentro de sua alma uma sensação de fracasso, de rejeição e de incapacidade?

Deus, ao criar o universo e os espíritos, estabeleceu leis cósmicas perfeitas que atuam com a finalidade de facilitar o desenvolvimento de todos, conduzindo-os à evolução. Fê-los simples e ignorantes, mas particularizou vocações, que comporiam as novas moradas em que viveriam, nas quais precisariam contar com pessoas para as diferentes atividades sociais a serem desenvolvidas. Colocou dentro de cada um, os potenciais necessários e lhes foi dada uma vocação, para que exercessem suas atividades com amor. Deu-lhes também o livre-arbítrio, para que pudessem fazer suas escolhas e aprender com os correspondentes resultados.

Todavia, ninguém pode permanecer parado, indefinidamente, em um ciclo vicioso. Por isso, foi-lhes concedido um tempo de tolerância para progredir, mas quando alguém se acomoda e ultrapassa esse tempo, a vida interfere, mandando desafios, que vão se tornando cada vez mais intensos e a pessoa é colocada diante de problemas mais graves, até que ceda, reaja e acorde para a realidade.

Esses ensinamentos que os espíritos elevados trazem, fazem-nos perceber a perfeição divina, a sabedoria da vida que nos ama e trabalha sempre em nosso favor.

Apesar de nossas dificuldades em aceitar as mudanças que estão diante de nossos olhos, é fato que elas nos oferecem a dignidade de podermos conquistar o próprio progresso.

Esse respeito que a sabedoria divina demonstra, acreditando que somos capazes de criar uma vida melhor, nos emociona e eleva. Faz-nos sentir que somos deuses e deusas que estamos no caminho da perfeição. Mas, ao mesmo tempo, faz-nos perceber a própria responsabilidade, não só diante de nossas necessidades, mas também em face da preservação do planeta que nos agasalha.

Deus nos deu a vida, mas a Terra ofereceu-nos tudo que necessitamos para estagiarmos aqui. Deu-nos os elementos que formam nosso corpo de carne, o ar que respiramos, vegetais, frutos que nos alimentam, animais que nos servem com dedicação. Cercou-nos de beleza, desde o azul do céu até as profundezas dos mares, onde nossas vistas não alcançam.

Nossa casa planetária, girando no espaço infinito, é um lugar privilegiado, cheio de flores, pássaros que cantam, incentivando-nos à alegria. Olhemos em volta e percebamos toda a glória da vida que nos rodeia, agradecendo por podermos viver aqui.

Desde o início de nossa civilização, os espíritos superiores têm se dedicado a nos chamar a atenção, de todas as formas possíveis, para essa realidade. Eles alegam que quando estivermos prontos, a vida, detentora de tesouros de felicidade, oferecerá o nosso. Para conquistá-lo, é necessário sabermos mais sobre o significado da vida e como ela funciona. Essa conquista também implica amadurecimento e merecimento. Ninguém colocará nas mãos de pessoas iludidas, fora da realidade, uma função que requeira conhecimento e dedicação.

Em uma sociedade onde valores espirituais e éticos estão invertidos, a cultura é dominada por falsas crenças que valorizam as aparências e as pessoas impõem a si mesmas papéis sociais para serem aceitas, é bastante comum a disseminação do sentimento de insegurança. Num contexto assim, as pessoas vivem pressionadas pelo medo - fruto da ignorância e do domínio de religiões que pregam a existência de um Deus que julga, condena, castiga seus filhos e vê o homem como um ser incapaz, eterno pedinte dos favores divinos, dependente e sem capacidade para comandar a sua própria vida.

Para elas, ser humilde é colocar-se sempre em último lugar, sem qualquer ambição. Valorizam a pobreza e veem, sob suspeita, os que têm bens e não aceitam essas imposições. Conceitos assim dificultam o progresso, distorcem a visão da realidade, oprimem, prejudicam o desempenho e conduzem à depressão e à infelicidade.

Os espíritos superiores, há muito tempo, esperam que nos libertemos dessas crenças erradas. Que enxerguemos a vida como ela é: perfeita, exuberante e rica, a oferecer-nos todas as chances de progresso.

Durante essa espera, eles persistem em nos chamar a atenção sobre a continuidade da vida após a morte, na necessidade de aprendermos as leis que regem a vida, a fim de escolhermos melhor nosso caminho.

O sexto sentido é também mais uma capacidade do ser humano. Não é fruto de nenhuma religião. Todo ser humano o possui em graus variados, diferindo de pessoa para pessoa. Sabendo disso, eles envolverm quem tem essa capacidade e transmitem seus ensinamentos. Fazem-no não apenas para abrir os olhos do homem, mas também para confortar aqueles que passam por perdas de entes queridos ou estão vivendo momentos dolorosos e situações difíceis.

A crença na vida após a morte e a certeza de que não estamos sós a enfrentar os problemas neste mundo (contamos sempre com o apoio da nossa sábia e amorosa Equipe de Supervisão individual), além de nos confortar, abrem as portas da eternidade, trazendo a esperança de que um dia tudo ficará em paz.

Fonte: Zibia Gasparetto, Eles continuam entre nós - Vol. 2, Centro de Estudos Vida & Consciência Editora, São Paulo, 2010. ISBN 978-85-7722-121-9.

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Comments:
concordo plenamente!!abçoo
 
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