terça-feira, outubro 04, 2011

 

Conversando com Deus - 8


Pergunta feita a Deus:
O que é o Inferno?

Resposta de Deus: É a experiência do pior resultado possível de suas escolhas, decisões e criações. É a consequência natural de qualquer pensamento que negue a Mim, ou Quem Vocês São em relação a Mim.

É o sofrimento provocado pelo pensamento errôneo. Contudo, até mesmo o termo "pensamento errôneo" é inadequado, porque não existe o errado.

O Inferno é o oposto da alegria. É insatisfação. É saber Quem e O Que Você É, e não experimentá-los. É ser menos. Isso é Inferno, e não existe um maior para a sua alma.

Mas o Inferno não existe como esse lugar que vocês fantasiaram, onde queimam em um fogo eterno, ou onde existem em um estado de tormento eterno. O que Eu ganharia com isso?

Mesmo se Eu tivesse o pensamento extraordinariamente Não-Divino de que vocês não "mereciam" o Céu, por que Eu precisaria procurar algum tipo de vingança ou punição por seu fracasso? (Seu fracasso já não é a sua própria punição?) Eu não poderia simplesmente dar fim a vocês? Que parte vingativa de Mim exigiria que Eu os condenasse a um sofrimento eterno indescritível?

Se você responder que Eu faria isso por uma necessidade de praticar justiça, uma simples negação da comunhão Comigo no Céu não serviria ao mesmo objetivo? A imposição de um sofrimento eterno também seria necessária?

Eu digo que não há uma experiência após a morte física como a que vocês imaginam em suas teologias baseadas no medo. No entanto, há uma experiência da alma tão infeliz, tão incompleta, tão menos do que o todo, tão separada da maior alegria de Deus, que para essa alma isso seria o Inferno. Mas Eu não os mando para lá, e tampouco lhes imponho essa experiência. Vocês mesmos a criam, sempre que separam o seu Eu do seu próprio pensamento mais elevado em relação a vocês; sempre que o negam e rejeitam Quem e O Que Realmente São.

Não obstante, nem mesmo essa experiência é eterna. Não pode ser, porque não é o Meu plano que vocês se separem de Mim por toda a eternidade (algo finito - a soma de nossos erros - não pode gerar um resultado infinito...óbvio!). De fato, isso é impossível - porque nesse caso não só vocês teriam de negar Quem São, como Eu também teria de negá-lo. Isso Eu nunca farei. E enquanto um de nós se mantiver fiel à verdade em relação a vocês, ela prevalecerá (E Eu sempre Me mantenho fiel à verdade...).

Pergunta feita a Deus: Mas se não há Inferno, isso significa que eu posso fazer o que quiser, realizar qualquer ato, sem medo de punição?

Resposta de Deus: É do medo que você precisa para ser, fazer e ter o que é intrinsicamente certo? Você tem de se sentir ameaçado para "ser bom"? E o que é "ser bom"? Quem tem a palavra final sobre isso? Quem dá as diretrizes? Quem cria as regras?

Eu digo que é você quem cria as suas próprias regras, que dá as diretrizes. É você quem decide o quanto se saiu bem. Porque você é o único que decidiu Quem e O Que Realmente É - e Quem Deseja Ser. Você é a única pessoa que pode avaliar como você está se saindo.

Ninguém mais o julgará, por que e como Deus poderia julgar a sua própria criação e considerá-la ruim? Se Eu quisesse que vocês fossem perfeitos e fizessem tudo certo, Eu teria deixado que vocês ficassem no estado de total perfeição de onde vieram. Todo o objetivo do processo foi fazê-los descobrir a si mesmos, criar os seus "Eus". como realmente são e desejam ser. Contudo, vocês só poderiam ser isso se tivessem uma chance de ser outra coisa.

Então Eu deveria puni-los por fazerem uma escolha que Eu coloquei à sua frente? Se Eu não quizesse que vocês fizessem a segunda escolha, por que criaria outra além da primeira opção?

Essa é a pergunta que devem fazer a si mesmos antes de Me atribuírem o papel de um Deus condenador.

A resposta direta para a sua pergunta é sim, você pode fazer o que quiser sem medo de punição. Mas, você terá que arcar com as consequências da sua escolha ("plantar é livre, mas a colheita é obrigatória").

As consequências são os resultados naturais, que não são o mesmo que punições. São simplesmente isso, o que resulta da aplicação natural das leis naturais. Estas são o que ocorre, bastante previsivelmente, como uma consequência do que aconteceu.

Toda a vida física funciona de acordo com as leis naturais. Quando você se lembrar dessas leis, e aplicá-las, controlará a sua vida no plano físico.

O que lhe parece punição - ou o que você chamaria de mal, ou má sorte - é apenas uma lei natural fazendo-se valer.

Pergunta feita a Deus: Então se eu conhecer essas leis, e cumpri-las, nunca mais terei um momento de dificuldade. É isso que está me dizendo?

Resposta de Deus: Você nunca experimentaria o seu Eu como estando no que você chama de "dificuldade". Não encararia nenhuma circunstância da vida como um problema. Não temeria nenhuma situação. Poria fim a todas as preocupações, dúvidas e temores. Viveria como a fantasia que Adão e Eva viveram - não como espíritos desencarnados na esfera do absoluto, mas como espíritos encarnados na esfera do relativo. Teria toda liberdade, alegria, paz e sabedoria e todo o poder do Espírito que você é. Seria uma pessoa plenamente realizada.

Esse é o objetivo da sua alma - realizar-se enquanto ainda está no corpo; tornar-se a encarnação de tudo que realmente é.

Esse é o Meu plano, o Meu ideal: realizar a Mim Mesmo através de você; transformar o conceito em experiência; conhecer o Meu Eu experimentalmente.

As Leis do Universo foram estabelecidas por Mim. São leis perfeitas, que proporcionam um perfeito funcionamento da matéria.

Pergunta feita a Deus: Então como posso conhecer essas leis? Como posso aprendê-las?

Resposta de Deus: Isso não é uma questão de aprender, mas sim de lembrar-se.

Pergunta: Como posso lembrar-me delas?

Resposta: Comece ficando calado. Silencie o mundo exterior, para que o seu mundo interior possa trazer-lhe visão. Esse insight é o que procura, mas você não pode tê-lo enquanto estiver muito preocupado com a sua realidade exterior. Por isso, tente voltar-se o máximo possível para dentro. E quando não estiver se voltando para dentro, venha de dentro ao lidar com o mundo exterior. Lembre-se desta máxima:
Se você não se voltar para dentro, você será privado de alguma coisa.
Coloque-a na primeira pessoa e repita-a, para torná-la mais pessoal:

Se eu não
me voltar para dentro,
serei privado de alguma coisa
(isso é introjetar-se)

Você tem sido privado de alguma coisa a sua vida inteira. No entanto, não precisa ser assim, e nunca precisou.

Não há nada que você não possa ser ou fazer, nada que não possa ter.

Pergunta: Isso parece uma promessa maravilhosa.

Resposta: Que outro tipo de promessa você acha que Eu faria? Você acreditaria em Mim se Eu prometesse menos?

Durante milhares de anos as pessoas não acreditaram em Minhas promessas pelo motivo mais extraordinário: eram boas demais para serem verdade. Então vocês escolheram uma promessa menor - um amor menor. Porque a Minha promessa maior provém do amor maior. Todavia, vocês não podem conceber um amor perfeito, e por isso uma promessa perfeita também é inconcebível. Como o é uma pessoa perfeita. Por esse motivo, vocês não conseguem acreditar nem mesmo em seus "Eus".

Não acreditar em nada disso significa não acreditar em Deus. Porque a crença em Deus produz crença na maior dádiva divina - o amor incondicional - e na maior promessa divina - o potencial ilimitado.

Fonte: Neale Donald Walsch, Conversando com Deus - Livro I, Editora Agir, Rio de Janeiro, 2008. ISBN 978-85-220-0848-3.

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