sábado, junho 08, 2013

 

A Doença Celíaca - 2


A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína que está contida nos seguintes tipos de cereais: trigo, centeio, cevada, malte (subproduto da cevada), aveia e espelta, também conhecida como trigo ancestral ou trigo rústico.

Se forem ingeridos cereais ou alimentos que contenham glúten, ocorre uma inflamação do intestino, as vilosidades intestinais atrofiam e a mucosa do intestino delgado é danificada. Por isso, os nutrientes dos alimentos como proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e gordura não podem ser absorvidos adequadamente pelo organismo ou são apenas absorvidos parcialmente.

Diferentes sintomas podem sinalizar a doença celíaca. Os sintomas típicos (clássicos) são: diarreia, perda de peso e de força, abdômen inchado, dor abdominal, náuseas e distúrbios em nível de crescimento, especialmente em crianças.

Em adultos, os sintomas são agravados fora da área intestinal: debilidade, fadiga, anemia, osteoporose, deficiências vitamínicas e minerais e intolerância à lactose.

Existem ainda outros sintomas - chamados de atípicos - que podem indicar para a doença celíaca, tais quais osteoporose, dor nas juntas ou inflamação das juntas (artrite), intestino preso, dentre outros. Porém, somente um especialista pode confirmar a existência da doença.

A doença celíaca é mais comum do que se suspeita, atingindo até 1% da população. Para cada doente celíaco diagnosticado na Europa, existem entre 7 e 10 pessoas não diagnosticadas. A doença celíaca ocorre em qualquer idade.

A doença celíaca pode se detectada por determinação de anticorpos específicos no sangue. Para obter a confirmação do diagnóstico, é necessário realizar uma biópsia do intestino delgado.

Importante: não se deve iniciar a dieta sem glúten antes da confirmação do diagnóstico de doença celíaca, pois isso afeta o resultado dos exames.

A única terapia atualmente possível é uma alimentação rigorosa isenta de glúten para toda a vida. Os doentes ficam rapidamente assintomáticos se a alimentação sem glúten for cumprida de modo persistente.

Na natureza, muitos alimentos não contêm glúten, como carne, peixe, ovos, frutas, verduras e legumes, arroz, milho e batata.

Há também comercialmente uma vasta seleção de produtos preparados sem glúten, tais como farinhas, pães, massas e biscoitos.

No Brasil, de acordo com a legislação atual, todos os alimentos comercializados devem apresentar a informação "contém glútem" ou "não contém glúten" nas embalagens. Consulte os rótulos de todos os produtos que for consumir.

Como regra geral, leia sempre a embalagem e a lista de ingredientes: por vezes, o glúten está escondido em muitos alimentos como caldos para cozinhar, sopas e até chocolates (que às vezes contém cereais). A cerveja, obviamente, contém glúten e, portanto, deve ser evitada...

No Brasil, o celíaco conta com a FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil - com sede em São Paulo e representação em vários estados, nas cinco regiões do país. Saiba mais em www.doencaceliaca.com.br

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