sexta-feira, maio 31, 2024
As Leis da Vida - 9
Fonte: Luiz Gasparetto e Lúcio Morigi, Calunga revela As Leis da Vida, Gráfica Vida e Consciência, 2015. ISBN: 978-85-7722-443-2
9. Lei do destino: O QUE É PARA EU SER, SEREI
A lei do destino é fatal. Por que é fatal? Porque existe um plano divino estabelecido pelo seu espírito que é perfeito para você. O que você vai ser não pode ser mudado, porque você já é (Eu Sou).
O processo para alcançá-lo não é fatal, pode ser mudado de acordo com suas crenças. O caminho é você quem faz, por meio de suas escolhas, de seu arbítrio.
Cada um tem seu caminho único, individual, pois você é diferente de todos e o que serve para você é diferente do que serve para os outros.
Assim, você vai escolher, entre todas as opções, aquela que faz um bem para você. Como tudo está ligado a tudo, você iria se dissolver se não tivesse uma escolha própria.
Uma escolha só pode acontecer se houver percepção, discernimento, consciência. Você vive, experimenta, sente as coisas, então escolhe. Chega um milhão de coisas na sua cabeça todo dia, e você está constantemente fazendo escolhas.
Diante disso, ninguém consegue parar de escolher. "Ah, não vou escolher". Neste caso você já fez uma escolha. Não tem saída. E tudo que você escolhe está perfeito. Sendo assim, sua evolução está seguramente garantida. Por isso que você é a lei.
O "como vai" é seu. Vai sem dinheiro ou com dinheiro? Vai com ajuda ou sem ajuda? Vai encrencando ou vai na maciota? Vai na teimosia, batendo o pé feito criança e arrumando encrenca ou vai fluindo como um bom aluno? Não importa como, mas você vai.
"E aonde eu vou chegar?" Sei lá. O seu lá é diferente do lá do outro. Hoje você chegou e aquilo já estava ali quando você chegou, e aí você teve uma paz, e quando teve aquela paz, o que você sentiu? Que a paz sempre esteve dentro de você.
Perguntaram para Michelangelo como ele esculpia aquelas estátuas tão maravilhosas. Ele disse que, ao ver o bloco de mármore, já via a obra pronta. Só ia tirando os excessos e descobrindo a estátua.
Na verdade, esses excessos na nossa vida são as nossas ilusões. A nossa essência apenas está encoberta por elas.
Muita coisa você percebe porque você está emergindo à medida que você lê. A leitura está inspirando você, tirando suas ilusões, sensibilizando, puxando, e aquilo vai vindo. A gente chama isso de inspirar, motivar, provocar, sensibilizar, mas são apenas palavras usadas para trazer o que já está dentro de nós.
"Ai, que maravilha esta leitura!" Claro, já estava dentro de você... "Este livro é o máximo!" Não, ele só está trazendo à tona o que já está aí.
O máximo é a vida. Você é a lei. Seu verbo, sua fé, faz a maneira como você caminha dentro do seu processo. Então, quando você crê desta maneira, você vem para cá. Quando muda a crença, você vai para lá.
É assim durante todo o caminho. Você vai do seu jeito, que é seu próprio exercício de desenvolvimento, porque tudo é relativo ao seu crer e tudo vai para o melhor sempre, e tudo é útil porque tudo é funcional e perfeito.
Todas as leis estão inter-relacionadas, pois tudo está ligado e tudo afeta tudo. A verdade é infinita porque tudo é infinito. Por isso você costuma tomar uma frase que sintetiza um aspecto da verdade.
Você pode ler uma frase a vida inteira e, cada vez que ler, ela vai lhe trazer alguma coisa nova. Ela é universal. Essa é a característica daquela frase, daquele ditado, daquela poesia. Ela tocou a verdade e tudo que toca a verdade, ou mostra um ângulo da verdade, é infinito.
Para falar da lei do destino, fatalmente precisamos insistir no somatório das nossas "fés". Não poderia de ser, uma vez que são nossas crenças que moldam nosso futuro.
Você sabe que é você que faz sua realidade. Você é a base, você é a lei, você é suas crenças e você não tem apenas uma fé. O que é este instante para você? É a realidade que está se formando a partir de suas "fés" ativadas.
Na verdade, este instante é feito do somatório das suas crenças passadas. "Ah, eu acredito que vai dar certo". Não basta só isso. Vai depender de suas outras "fés".
O que conta é o somatório para você, e cada um tem o seu somatório, já que tudo é único, como vimos na lei da unidade. Cada um vai viver do seu jeito.
Você tem alguma crença antiga que já desativou. Você a usou enquanto lhe foi útil, mas depois começou a pensar diferente, mudou seu ponto de vista, percebeu que não servia mais, e a desativou.
Tem crença nova que está apenas meio ativada, porque você está mudando. Tem crença que está totalmente ativada, ou positivada. Mas, não é só porque você crê que vai funcionar e, assim, vai obter aquilo que você quer. Vai depender de todas as crenças que estão ativadas. É o somatório de tudo, é a proporcionalidade, é matemática pura.
Então, o que vale é o somatório. Aí entra a outra lei, a lei da conexão. Tudo está ligado a tudo em todas as suas crenças ativadas.
Por exemplo, você pode estar muito bem consigo, se sentir ótima, as coisas estão indo bem, até que você se olha no espelho e, de repente, tem uma crise de ego, porque está feia, porque está gorda, porque está velha, porque está assim ou assado, começa a se comparar com a outra. Isso vem na cabeça, você permite, aceita e entra no negativo.
Pronto! O somatório despenca. De sessenta cai para quarenta. "Ah, mas isso não tem nada a ver com a minha vida financeira, com a minha vida afetiva." Você é que pensa que não tem. É a lei da conexão funcionando. Aquilo que você faz consigo, o que você pensa da vida, tudo isso conta.
Não é só o crer que conta. É também o ativar o que se crê. Você já resolveu uma crença, mudou para outra melhor, você melhorou, mas a crença antiga ainda está lá e a qualquer momento pode ser ativada se você não tiver firmeza e posse de si.
Crer é uma coisa, outra coisa é o quanto você investe nas circunstâncias do dia a dia. Tem crença que você já firmou, não tem mais jeito de investir, mas tem crença que não está bem firmada, que ainda corre perigo de ser ativada por algum comentário de alguém e sua média pode cair.
Não é uma convicção plena, porque essa se garante. Podem falar o que bem entenderem que o somatório não cai.
Portanto, o ato de criação das coisas e do seu destino depende da constância com que você alimenta suas crenças, de onde você investe. Há perigos? Há.
Conforme o grau do seu domínio vai crescendo com a evolução, você vai conseguindo entrar nesse universo de criar com mais facilidade e qualidade.
Muitas vezes o ego sofre influência do meio, da mãe, por exemplo, e a mãe, do filho, porque o domínio é: o domínio do mundo sobre você, ou de você sobre o mundo.
Este é seu trabalho. Sair do domínio do mundo para entrar no seu domínio. E nesse processo você está vulnerável num certo grau. Por isso, uma das maiores virtudes do ser humano é a posse de si.
A posse de si protege de tudo e de todos, de qualquer espécie de energia densa, e essa proteção é extensiva a tudo o que é seu. A posse de si representa a confiança em sua Sombra, em sua Alma, em seu Eu Superior e, em consequência, no Espírito Uno.
A pessoa que não tem posse de si, que fica assumindo responsabilidades que são dos outros, se sente confusa, atrapalhada, seus caminhos ficam cruzados com os dos outros, acaba ficando doente e sua vida vira um inferno. Se a pessoa for mais sensível, com uma mediunidade mais desenvolvida, tudo fica mais intenso e pior. Daí a importância da posse de si.
Ter posse de si é se aceitar como você é, espontaneamente. Nos trabalhos de terapia, a gente percebe que as pessoas não sabem o que é realmente se aceitar. A maioria chega dizendo: "Ah, mas eu me aceito e as coisas continuam na mesma". Aceitar-se é não se comparar a ninguém, é não se culpar, não se julgar inferior, é respeitar sua individualidade, seu temperamento, seu jeito de ser, é não desempenhar um certo papel para ser aprovado e aceito. Quem se aceita de verdade tem posse de si, é dono de si.
Ter posse de si é se pôr em primeiro lugar. Quando você não se põe em primeiro lugar, você está pondo alguém lá e se rejeitando. Isso não significa ser egoísta, mas dar-se o devido valor. Quando você toma essa atitude, não quer dizer que você esteja rebaixando ninguém, ou roubando o lugar de alguém. Cada um sabe onde se colocar. A pessoa, quando não se põe em primeiro lugar, está dizendo que os outros são mais importantes e, geralmente, para ganhar uma aprovação, procura ser boa para eles, não importa o sacrifício dispensado. Se você age desta maneira, saiba que você está dando uma ordem à sua Sombra: vai para eles. E Ela vai para a mãe, para o pai, para o irmão, para a sociedade, e você fica vulnerável, sentindo-se um lixo.
Ter posse de si é sentir que o que você sente é mais importante do que as pessoas falam. O que os outros falam ou pensam de você, só interessa a eles, não a você. O importante não é aquilo que você aprendeu, mas aquilo que você aceita na sua experiência, o que você gosta. Só você sabe o que é bom para si.
Ter posse de si é sentir que você é ótimo, perfeito, corajoso e ousado, não se criticando, não se condenando, não se contrariando, aceitando suas vontades e seu temperamento. É sentir-se divino. Se você não se sentir ótimo, como poderá tomar posse de algo que tenha qualidade?
Quem tem posse de si não reivindica a consideração, a atenção, o apoio, o amor do outro com a intenção velada de se sustentar, embora, quando aparecem, sejam sempre bem-vindos e muito agradáveis. Sua sustentação reside na posse de si e não no externo. Significa não delegar o seu poder a ninguém, visto ter a sua individualidade bem definida, eis que se considera sui generis, único, aceitando-se como é. Cultua para si o pressuposto "estou no mundo, mas não sou do mundo", e está longe de pertencer à vala comum. Investe em suas diferenças, abominando a mesmice. As forças da Sombra só obedecem quem tem posse de si. Se você não tomar posse de si, fatalmente, outros tomarão.
A posse de si é a base de toda força, da possibilidade de realização. Estamos falando das forças divinas em nós. Porém, essas forças não se encontram bem direcionadas devido exatemente à falta de posse de si. A gente vem de um nível sem posse nenhuma, totalmente na dependência do mundo externo (quando somos bebês). A posse de si tem muitos níveis, e é preciso galgá-los sistematicamente.
Sua vulnerabilidade traz para você a inconstância, e essa inconstância gera um fluxo de realidade instável de altos e baixos. Isso é do momento evolutivo das pessoas. Vai e volta até se firmar naquela crença.
Mas, isso não significa que você não seja o responsável, o autor, o agente. Você sempre será. Cada um é cem por cento responsável por sua realidade.
Você precisa entender a lei na dinâmica em que você se encontra. Por isso que é relativo a cada um e todas as leis trabalham em concordância no processo de constituição do somatório das crenças individuais.
Nenhuma lei contradiz a outra. Ao contrário, elas se complementam. Uma ideia só é válida quando está coerente com todas as leis. É nesse contexto que entra o conceito de prosperidade.
Como todo mundo, você é uma pessoa interessada em prosperidade em todas as áreas da vida. O percentual de seu somatório é que determina o quanto você é próspero.
Geralmente as pessoas associam a prosperidade ao dinheiro. O dinheiro é apenas um item da prosperidade. Uma pessoa pode ser rica, mas não ser próspera. Por outro lado, uma pessoa próspera necessariamente será rica.
A prosperidade consiste em estar bem em todas as áreas da vida, na financeira, na da saúde, na dos relacionamentos, na profissional. De que vale morar num palácio de ouro e sofrer de solidão? De que vale um bilhão de dólares com a saúde abalada?
Diante disso, quando você perceber que não está sendo próspero tanto quanto queria em determinada área de sua vida, pare e pense nas suas crenças nas outras áreas que estão influenciando e diminuindo o seu somatório. Ou seja, como é que você está lidando com a aceitação de sua aparência? Como é que está lidando com suas capacidades? Como anda se portando no seu dia a dia? Ainda dando muito ouvido aos outros? Está sempre procurando justificar suas atitudes perante os outros? Se submete ao outro no campo afetivo?
Se você se desvaloriza numa área, por exemplo, na afetiva, vai baixar o somatório e a área financeira será afetada, pois desvalorizar-se, seja em que área for, é tirar valor de si, e seu espírito entende que isso é bom para você e tira valores de si, geralmente na área a que você dá mais importância. Pode não ser necessariamente a financeira, já que estamos falando em valor verdadeiro.
Para a pessoa que não dá muita importância para o dinheiro, porque já tem o bastante, a área que vai perder valor será aquela a que ela mais valoriza. A da saúde, por exemplo. Assin, sendo baixo o somatório, ela vai perder na saúde.
Há outro elemento nessa matemática toda. A manutenção. Qual é a sua condição, a sua disposição para ficar com essa postura interior, para manter-se nas alturas? Obter sucesso não é o mais difícil. Quero ver manter-se no sucesso. O seu destino é feito do somatório das suas cresnças ativadas.
Qual a área mais problemática da sua vida? A afetiva, a financeira, a profissional, a da saúde ou a familiar? É lá que você precisa trabalhar. "Ah, porque estou precisando melhorar minha situação financeira". Beleza. Aí vem aquele fmiliar pedinte e você se compadece da situação dele e cede. Às vezes faz até um empréstimo para satisfazê-lo. "Não, porque é meu filho, é minha irmã, é minha mãe..."
Na sua vaidade, no seu ego, você acredita que o outro é um coitado. Você acredita que o outro é menos e, então, você tira de si para dar para ele. "Ah, não posso negar para minha irmã, pra minha amiga, para o meu filho, porque vai pegar mal". Aí você acaba dizendo "sim" contra você. Está feita a encrenca. Seu desvalor diminuindo o somatório.
A parte que você quer resolver, que é a financeira, não vai ser resolvida. Por que? Por causa de outra lei, a lei da integridade, porque não é a primeira vez que você faz isso. Quanto mais vezes você fizer, pior é o resultado, pois você já sabe. Quando você não faz o seu melhor, você perde. Você já sabe e não faz. Dessa forma, o preço é maior, porque tem menos defesa. A lei da integridade só lhe defende se você fizer o seu melhor.
A pior vaidade que existe no Brasil é querer ajudar os coitados. Este é o país dos coitados. Todo mundo se sente obrigado moralmente a ajudar os outros. Se não ajudar, é falta de caridade. Morrem de pena dos favelados.
Está todo mundo na miséria, tanto quem ajuda como quem é ajudado. Não só na miséria física, mas na miséria emocional, na miséria de saúde, e acabam morrendo nessa miséria.
Chegando ao astral, vão parar no umbral e não saem daquela condição terrível enquanto não enxergarem a verdade, se arrependendo do que fizeram contra si ao se desvalorizar, tendo assim condição de alguém interferir para obterem ajuda verdadeira, porque o arbítrio de cada um é sagrado e respeitado.
Aliás, antes de morrerem já atraem a condição miserável. Primeiro cai o financeiro, depois a saúde, depois o equilíbrio na família, que começa a odiá-los, e se tornam aquelas pessoas jogadas, abandonadas num hospital sem ninguém, só pedindo, pedindo, e os familiares brigando pelo que sobrou.
Esses destinos horríveis que a gente vê, infelizmente com certa regularidade, são produtos da desvalorização, do autoabandono. É porque na cultura do povo brasileiro isso é valorizar o outro, dando para o outro e tirando de si. E quem não dar para o outro é chamado de egoísta, de ruim.
Para dar é preciso olhar a quem damos. O dar inteligente, o dar positivo, é um grande prazer pra gente. É preciso ver em que solo a semente vai germinar e crescer, e quem deu vai ter o prazer de ver aquela planta crescer por si.
Não é o amor que determina, mas a condição do solo da pessoa. Não se pode dar para desesperados na miséria. Desesperado não assume responsabilidade.
Você se lembra da parábola dos talentos bíblicos? Quem já fez uma vez, fará a segunda, a terceira e a quarta. Você pode errar fazendo uma; quando ver que não dá resultado, pare.
Verifique o comportamento da pessoa, sua arrogância, metido, pedinte, se fazendo de coitado. O arrogante só quer, quer, quer, acha, acha, acha, e como ainda não aprendeu a lição, fez muita coisa errada, vai querer se agarrar aos outros, e se o outro não for firme, não souber dizer não, não se valorizar, também cai junto. O que se acha um coitado é um poço de orgulho que não aceita o seu erro. Acha que está naquela situação por culpa dos outros, vem sempre com um monte de desculpas e nunca é o responsável pela situação.
Desse modo, na estrutura dele não se pode mexer, porque só por meio da vivência ele vai criar condição de assumir suas responsabilidades.
O abandono dessas criaturas jogadas na vida é a única porta para despertarem para si e pensarem em assumir suas necessidades, suas responsabilidades, e realmente fazerem alguma coisa por si mesmos, na modéstia.
O que é modéstia no Brasil, não passa de vaidade. Passa longe da verdadeira modéstia, porque esta ficou por aprender devido à cultura do povo. Se deixar se levar pelo outro é perigosíssimo.
Tem espírito que, quando percebe que na família a coisa está feia, um bando de pedintes irresponsáveis, se afasta dela. Os outros, é claro, vão falar mal. Porém, aquele que consegue se destacar e começa a dar isso para a mãe, aquilo para o irmão, aquilo para o pai, se essas pessoas não estão à altura de receber, ele se acaba.
Por outro lado, o outro que vai, não dá trela para a mãe, para o pai, toma as rédeas, incentiva a família, põe para estudar os irmãos, esse vai adiante, deslancha e realmente ajuda os demais. Ele pratica a bondade verdadeira, porque a bondade verdadeira tem que fazer o bem para os outros e para si, senão não é o bem.
A lei do destino vigora a cada momento. Às vezes você está bem, mas tem essa fraqueza, basta ter alguém na família com necessidade que você se apieda, tira de si para tirá-la daquela situação.
Se você tiver uma posição firme, de acordo com a lei, e quiser prosperar na vida, você não pode ter esse sentimentalismo pela família. É preciso não permitir que seu ego domine, achando que tem que resolver os problemas deles.
Ajudar não é assumir o outro. Mas, se a sua situação permite e você gosta de fazer, ótimo, porque é gostoso ajudar. Porém, não se esqueça da lei da integridade. Se você já pagou para estar hoje nessa situação melhor, você precisa continuar fazendo seu melhor, senão você vai cair.
Às vezes, nem é dinheiro que o outro pede. É aquela pessoa que vem com um problema particular e você já absorve. "Ah, eu tenho que ajudar. Preciso fazer alguma coisa para essa pessoa, porque é meu amigo." Aí, você larga suas coisas para lhe fazer companhia, para socorrê-lo. Você vai por causa do ego. "Ah, eu sou uma pessoa muito boa. Sou uma pessoa que ama os outros e preciso salvar esse amigo."
É pura vaidade, para se mostrar e ter aplauso. Você vai é caçar encrenca, porque seu somatório vai cair. É um problema da outra pessoa e você não tem nada com isso. Se alguém pedir a sua ajuda, veja primeiro suas condições e as dela, para ver se é algo inteligente, senão caia fora.
Uma das coisas mais prazerosas da vida é ajudar as pessoas, mas você tem que fazer isso com inteligência. Você não pode sair perdendo. Então, tanto você como os ajudados sentem alegria e todos ganham. Isso é ótimo!
O erro é a coisa mais preciosa da vida e faz parte do processo da constituição do destino. Tem tanto aprendizado nele! Mas, as pessoas não ligam para isso devido à cegueira da vaidade: é um coitado. A pessoa acaba não tirando o lucro do erro para investir e ter sucesso.
Logo, como ela vai ter sucesso, se o sucesso é a própria lei do mérito? A ninguém é dado se não tiver mérito.
Quando a gente vê os erros da pessoa com os olhos da alma, com compaixão, a gente percebe como o processo da vida é lindo, caprichoso e justo.
Não tem escapatória. Se não vai daqui, vai dali, mas vai do jeito dela, do modo dela, na sua individualidade. A gente percebe como, de fato, não há vítimas, não há coitados. Há apenas pessoas irresponsáveis consigo mesmas e que, mais cedo ou mais tarde, vão perceber que o poder está nas mãos delas e não nas dos outros. Aquela dor que estão passando é apenas o estímulo necessário para elas despertarem. Elas melhoram com o tempo, mesmo não sabendo que o processo é assim, apenas porque não sabem olhar, mas para acelerar o processo evolutivo, precisamos saber olhar e observar a vida para evoluírmos com inteligência e sem dor. O bom aluno tira lição de tudo e a usa, com seus erros e com os erros dos outros.
Por falar em destino, o futuro já está definido? Não, por uma simples razão: o futuro é feito pelas crenças ativadas, e a qualquer momento você pode mudar suas crenças, alterando seu futuro. O somatório das crenças de cada um ninguém sabe. O que tem aí dentro de você, nem mesmo você sabe, e isso pode emergir de você a qualquer instante por meio de algum estímulo.
O ser humano é imprevisível até mesmo para ele próprio. Que atitude você vai tomar? Que escolha você vai fazer? E, assim, cada um vai moldando seu futuro. Há uma sincronicidade nos acontecimentos devido à lei da perfeição.
Tudo é sincrônico. Nada acontece na vida da pessoa se não for funcional. Não há coincidências, não há acaso, não há fatalidade. Se existe o arbítrio, não pode haver determinismo.
Obviamente, há forças maiores que as nossas que interferem nos processos individuais, como as forças cósmicas, mas sempre no sentido daquilo que cada um é para ser, em espírito, pois o espírito, nossa ligação com o divino, tem todas as respostas e todas as soluções e um potencial infinito de realizações.
Crença comum: "Meu destino já está traçado. Então, não preciso fazer nada, já que tudo está definido." Lei do destino: Não. A maneira como você vai conseguir não está definida. O caminho e o tempo não está definido. Ele muda a todo momento, dependendo de suas escolhas. O que está definido é que, custe o que custar, você vai conseguir as suas realizações, mas nem você sabe quais serão. Elas serão relativas e podem mudar a qualquer instante. Você tem uma eternidade para isso. Dependendo de suas crenças e atitudes, elas podem acontecer a qualquer momento.
Uma coisa que você desejava tanto no passado, hoje você pode não querer mais.
Quando você confia no espírito, as realizações são melhores do que aquelas que você planejou. Se você não fizer nada, também chegará. Mas, se fizer a seu favor, o processo vai ser acelerado. Você vai cortar caminho. É uma escolha sua.
Você pode querer realizar uma viagem fantástica ou ter a casa dos seus sonhos daqui a três anos, mas se as condições permitirem para daqui a um ano, não seria bem melhor?
A estátua já estava dentro do bloco de mármore, porém nem Michelangelo sabia que ficaria tão perfeita.
Tanto é que, quando terminou a estátua de Moisés, que se encontra na basílica de San Piero in Vincoli, em Roma, ele olhou para ela, deu uma martelada no joelho da estátua e perguntou: "Perché non parli?" [Por que não fala?]. O sinal da martelada está lá gravado.
Crença comum: "Pedis e recebereis. Eu acredito que quem pede recebe." Lei do destino: Se não estiver nos planos do seu espírito, não vai receber. Depois, somente pedir e acreditar não basta. É preciso ver se o somatório das suas "fés" permite. Veja aí o que já aconteceu com você. Você recebeu tudo que pediu?
Crença comum: "Credo! Aqueles dois não têm jeito mesmo. Vivem errando." Lei do destino: Ninguém sabe errar. Cada um só faz o que sabe. O erro é a coisa mais preciosa da vida e faz parte do processo da constituição do destino. Tem tanto aprendizado nele!
No entanto, as pessoas não ligam para isso devido à cegueira da vaidade: é um coitado. A pessoa não tira o lucro do erro para investir e ter sucesso.
Assim, como ela vai ter sucesso se o sucesso é a própria lei do mérito?
A ninguém é dado se não tiver mérito. O tanto que a pessoa mama na vaidade do outro é o tanto de abandono que ela faz. Isso é válido tanto para quem mama quanto para quem é mamado.
Quando a gente vê os erros de uma pessoa com os olhos da alma, com compaixão, percebemos como o processo da vida é lindo, caprichoso e justo.
Marcadores: crença, destino, fé, leis, vida